Centros colaboradores da OMS em Portugal avançam com aliança para influenciar políticas públicas de saúde

9 de Abril 2025

Cinco dos oito centros colaboradores da OMS em Portugal preparam-se para formar uma aliança estratégica. A iniciativa, debatida na primeira reunião nacional organizada pela ESEnfC, visa fortalecer a influência junto dos decisores políticos e promover políticas públicas baseadas na investigação e inovação.

Cinco centros colaboradores portugueses da Organização Mundial de Saúde (OMS) estão a preparar a criação de uma aliança estratégica com o objetivo de aumentar a sua influência junto dos decisores políticos. A proposta foi discutida na primeira reunião nacional destas estruturas, realizada no dia 7 de abril e organizada pela Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), que desde 2014 atua como Centro Colaborador para a Prática e Investigação em Enfermagem.

A aliança terá uma coordenação rotativa e focar-se-á nos temas específicos trabalhados por cada centro. Entre as questões prioritárias está a carência de recursos humanos em saúde, cuja solução não passa apenas pelo aumento do número de profissionais, mas também pela redistribuição eficaz e pela ampliação das competências dos existentes.

Participaram na reunião representantes de cinco centros colaboradores: ESEnfC (“Prática e Investigação em Enfermagem”), Universidade Nova de Lisboa (“Educação, Investigação e Avaliação da Segurança e Qualidade nos Cuidados de Saúde” e “Gestão da Saúde”), ESTeSC – Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra (“Proteção contra as Radiações e Saúde”) e ISPUP – Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (“Determinantes Comportamentais e Sociais de Doenças Não Transmissíveis”).

Portugal conta ainda com outros três centros colaboradores da OMS: o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (“Nutrição e Obesidade Infantil”), a Clínica Universitária de Pediatria da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (“Formação em Medicina do Adolescente”) e um terceiro centro na Universidade Nova de Lisboa (“Política e Planeamento da Força de Trabalho em Saúde”).

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