Mais de 100 médicos angolanos iniciam formação em maio em Portugal

30 de Abril 2025

Um grupo de 117 médicos angolanos inicia a partir de 05 de maio um estágio em Portugal, no âmbito do protocolo de cooperação assinado em fevereiro entre os ministérios da Saúde dos dois países, segundo nota da entidade portuguesa.

Os 117 médicos angolanos, que se encontram na fase final da especialidade de Medicina Geral e Familiar, vão realizar “um estágio observacional com a duração de três meses em várias Unidades de Saúde Familiar (USF) a nível nacional”, segundo um comunicado enviado à agência Lusa pelo Ministério da Saúde português.

“O estágio terá como foco áreas fundamentais como a organização e gestão dos Cuidados de Saúde Primários, logística e aprovisionamento, serviço farmacêutico, monitorização e avaliação de indicadores de saúde e integração de cuidados”, detalha-se na nota.

Os médicos serão acolhidos por 16 instituições distribuídas por Portugal continental “onde terão oportunidade de acompanhar e observar o funcionamento dos serviços, em articulação com as equipas locais”.

Este grupo de 117 médicos integra um contingente mais vasto de 630 profissionais de saúde angolanos, incluindo médicos, enfermeiros e técnicos de diagnóstico e terapêutica, que realizarão estágios em unidades de saúde portuguesas nos próximos meses, no âmbito do Protocolo de Cooperação assinado em 25 de fevereiro entre os ministérios da Saúde de Portugal e de Angola, dedicado à formação de recursos humanos em saúde.

“O estágio representa uma oportunidade importante de troca de experiências e de partilha de boas práticas, num momento em que Angola procura reforçar a cobertura universal de saúde, apostando na formação contínua dos seus profissionais e numa abordagem centrada nos cuidados de saúde primários” salienta-se na nota.

“Esta iniciativa é também um sinal claro da cooperação entre Portugal e os sistemas de saúde de países em contexto de maior fragilidade, reforçando os laços históricos, técnicos e institucionais entre os dois países”, conclui.

lusa/HN

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