Num comunicado divulgado hoje, a FNAM sublinha que o objetivo principal do encontro é traçar uma linha de ação firme e articulada face ao que considera ser uma degradação grave do SNS. A federação aponta diretamente à atual equipa do Ministério da Saúde, liderada por Ana Paula Martins, cuja governação, um ano após a tomada de posse, é classificada como marcada por “incompetência” e por uma “recusa de diálogo com os médicos”.
“Agravaram-se as condições de acesso e qualidade dos cuidados de saúde”, alerta a FNAM, que denuncia um aumento no número de utentes sem médico de família, encerramento de serviços, partos realizados em ambulâncias e um acesso cada vez mais difícil à saúde. “Diminuiu a esperança de que o SNS possa ser resgatado, se forem mantidas as mesmas escolhas políticas”, lê-se no comunicado.
A federação avisa que, se não houver uma mudança de rumo, “é real o risco de colapso do SNS, com graves consequências para milhões de cidadãos”.
Durante a reunião de sábado, os conselheiros da FNAM deverão definir as prioridades para retomar, com urgência, o processo negocial com o futuro ministro ou ministra da Saúde, a quem exigirão “medidas concretas que possam travar a hemorragia de profissionais e responder às necessidades dos utentes”.
A FNAM reitera que a valorização das condições de trabalho dos médicos é essencial para qualquer plano de recuperação do sistema. “Sem médicos, não há SNS”, conclui.
NR/FNAM/HN
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