Em comunicado, o Ministério da Saúde registou 942 novas infeções e 25 mortes na quarta-feira, após 1.177 novos casos e 45 mortes na terça-feira.
O Ministério sudanês reportou na terça-feira um aumento acentuado da cólera, com 2.729 casos e 172 mortes registados numa semana, sendo que o estado de Cartum representa 90% das novas infeções.
Desde abril de 2023, o terceiro maior país africano está mergulhado num conflito que opõe o exército, liderado pelo general Abdel Fattah al-Burhane, às Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês), uma força paramilitar comandada pelo seu antigo adjunto, o general Mohamed Hamdane Dagalo.
O surto ocorre após semanas de ataques com ‘drones’, atribuídos às RSF, que interromperam o fornecimento de água e eletricidade da capital.
As autoridades sudanesas, no entanto, estimam que 89% dos doentes, colocados em isolamento, estejam a recuperar, ao mesmo tempo que manifestam preocupação com a falta de acesso a água potável.
O conflito no Sudão, que causou dezenas de milhares de mortos e 13 milhões de deslocados, devastou um sistema de saúde que já era frágil antes da guerra, sendo que 90% dos hospitais em zonas de conflito estão encerrados.
A cólera é uma infeção intestinal aguda que se propaga através de alimentos e água contaminados com a bactéria ‘vibrio cholerae’, frequentemente proveniente de fezes. Se não for tratada, pode levar à morte em poucas horas.
lusa/HN
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