É a primeira vez que este tipo de estudo soro-epidemiológico é realizado com sete antigénios diferentes, procedentes das espículas da superfície do rotavírus, de caráter proteico, destaca Jesús Rodríguez, investigador do Departamento de Microbiologia da Faculdade de Medicina daquela universidade.
A diarreia é a segunda principal causa de morte por doenças infeciosas no mundo, depois das infeções respiratórias. Provoca mais de 100 mil mortes por ano em crianças com menos de cinco anos de idade nos países em desenvolvimento. Os rotavírus que a provocam têm uma alta diversidade genética e são transmitidos por via oral. Além disso, esse tipo de vírus possui grande variabilidade antigénica, ou seja, uma elevada capacidade de sofrer mutações nas proteínas da superfície (que são as que o sistema imunológico geralmente reconhece e ataca), o que faz com que as infeções se sucedam ano após ano.
De acordo com Jesús Rodríguez “encontramos amostras positivas para todos os antigénios utilizados. Isso significa que os genótipos menos frequentes tendem a infetar de maneira mais leve ou assintomática. Como não produzem doenças graves, não são encontrados em amostras clínicas”.
Além disso, de acordo com o trabalho agora publicado, a prevalência de anticorpos contra os genótipos mais comuns (P [4] e P [8] ) é maior em crianças do que em adultos.
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