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Tabaco e cancro do pulmão: uma ligação que nos deve consciencializar
A 31 de maio é comemorado o Dia Mundial Sem Tabaco, um dia implementado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) que visa consciencializar a sociedade sobre os efeitos nocivos para o organismo, tanto no que respeita ao consumo quanto à exposição ao fumo. A sua ligação ao cancro do pulmão é bem conhecida, sendo um dos cancros com maior incidência e também o mais mortal. De acordo com a Direção Geral de Saúde, o cancro do pulmão afeta cerca de 4.300 pessoas em Portugal e é a neoplasia com maior mortalidade.
É uma mensagem que repetimos incessantemente, especialmente nos dias de hoje, porque precisamos que a sociedade esteja ciente dos efeitos nocivos do tabaco. Aqueles que trabalham no mundo da oncologia sabem que o cancro do pulmão associado a esse hábito é especialmente prejudicial e tem altas taxas de mortalidade.
O trabalho que está a ser realizado no campo da genómica e oncologia de precisão para encontrar tratamentos ideais e personalizados para os doentes com cancro do pulmão é extenso e árduo. Até o momento, são conhecidas mais de dez alterações genéticas associadas a esse tipo de cancro que regulam processos determinantes, como proliferação e sobrevivência celular. Em alguns casos, é possível detetá-los por meio de análise genómica e encontrar um tratamento apropriado que reduza ou elimine o tumor. Apesar de nem sempre ser assim.
Por isso, não nos cansamos de repetir que a melhor forma de evitar o sofrimento é parar de fumar. O cigarro é a principal causa externa dessa variante oncológica, e parar de fumar reduz significativamente o risco de desenvolvê-lo. Nos últimos anos até tem sido mais fácil com os medicamentos que têm surgido para ajudar a deixar de fumar, além de muitos hospitais e centros de saúde portugueses já terem disponíveis consultas de cessação tabágica.
Aqueles que desejam dar um passo em frente e acabar com esse mau hábito devem colocar-se nas mãos do seu médico de família, que monitorizará o processo e prescreverá o tratamento mais apropriado para cada caso. Adesivos e medicamentos como a vareniclina e a bupropiona são normalmente os escolhidos, e as terapias geralmente duram cerca de 12 semanas.
Ao mesmo tempo que nos livramos deste hábito prejudicial, podemos gradualmente adotar outros que também nos ajudarão a reduzir os riscos de cancro do pulmão, além de várias outras patologias. Primeiro, realizar algum tipo de atividade física diariamente, como caminhar por áreas verdes que melhoram a qualidade do oxigênio.
Segundo, seguir um plano alimentar adequado que inclua frutas, vegetais e outros alimentos antioxidantes e anticancerígenas, como brócolos, couve, couve-flor, frutos vermelhos, frutas cítricas, maçã, romã e uvas, cogumelos e fungos. Também não podemos esquecer o espinafre, que contém vitaminas A e C e é rico em ferro, sais minerais e oligoelementos. Nesse sentido, é importante equilibrar o consumo de vitamina A, pois a deficiência e o excesso podem aumentar os riscos de desenvolver cancro do pulmão.
Da mesma forma, existem outros fatores que podem ajudar a prevenir esta doença, como evitar morar em cidades com altos níveis de contaminação. Ou evitar a exposição a outros agentes cancerígenos, como amianto, radónio, urânio ou outros produtos químicos derivados do petróleo.
Eliminar fatores de risco e levar uma vida saudável e ativa são as melhores maneiras de superar os ataques do cancro do pulmão. Uma lista de propósitos a serem cumpridos nos quais o tabaco deve ser deixado de fora do jogo.
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