“É o modelo cinco mais dez, cinco dias de flexibilização disciplinada e dez dias de quarentena com setores primários permitidos em funcionamento. Os cinco dias começam na segunda-feira, 01 de junho”, disse, no sábado, durante uma intervenção transmitida em simultâneo e de maneira obrigatória pelas rádios e televisões do país.
Este modelo prevê que consultórios médicos e odontológicos abram entre as 07:00 e as 14:00 (12:00 e 19:00 em Lisboa) e o transporte funcione durante dez horas diárias.
As agências bancárias vão abrir quatro horas por dia. De segunda a quinta-feira, vão atender os clientes particulares. Às sextas-feiras, a atenção estará reservada às empresas.
Também oficinas mecânicas vão abrir quatro horas por dia, enquanto construção civil, lojas de ferragem, refrigeração e canalização vão trabalhar durante cinco horas diárias.
O setor têxtil, do calçado, a indústria de matéria prima química e os cabeleireiros vão funcionar durante seis horas por dia.
Durante a flexibilização da quarentena, vai continuar a ser obrigatório o uso de máscaras de proteção e 1,5 metros de distanciamento entre pessoas.
Os municípios de Maracaibo e de San Francisco, no estado de Zúlia, a cerca de 700 quilómetros a oeste de Caracas, e as localidades fronteiriças com a Colômbia e o Brasil, onde vigora o recolher obrigatório, foram excluídos deste modelo de flexibilização.
A Venezuela registou oficialmente 14 mortes e 1.459 casos da covid-19, com 302 pessoas curadas da doença.
Desde 13 de março que o estado de alerta está em vigor no país, o que permite ao executivo decretar “decisões drásticas” para combater a pandemia.
O Governo venezuelano restringiu voos nacionais e internacionais e a população está em quarentena e impedida de circular livremente entre os vários estados do país, desde 16 de março passado.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 366 mil mortos e infetou mais de seis milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), paralisando setores inteiros da economia mundial, num “grande confinamento” que vários países já começaram a aliviar face à diminuição dos novos contágios.
LUSA/HN
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