De acordo com informação divulgada hoje pelo Gabinete de Informação e Imprensa oficial, a decisão foi tomada pelo vice-presidente do país e responsável político máximo do Comité de Luta e Vigilância do Coronavírus, Teodoro Nguema Obiang Mangue, após uma reunião com os técnicos que integram o mesmo comité.
A estratégia dos técnicos de saúde, denominada Stop Lab, é estabelecer 30 lugares fixos de recolha de amostras nas grandes cidades de Malabo e Bata, três pontos nas principais vias de entrada nestas cidades e criação de três equipas móveis “para cobrir outros sítios estratégicos”, adianta o gabinete.
Segundo os especialistas, citados pelo gabinete, está prevista a recolha de 700 amostras por dia, estimando-se em três meses o tempo previsto para a implementação do plano.
O laboratório de Baney foi, entretanto, reforçado com um aparelho com capacidade para processar 500 testes diários, segundo o Governo.
A ideia é, de acordo com a informação oficial, “obter dados mais concretos dos casos de covid-19” e “definir com certeza” o comportamento da doença em todo o território.
A Guiné Equatorial regista 1.306 casos de covid-19, 12 mortos e 275 doentes recuperados, segundo a mais recente atualização oficial.
No entanto, os números da doença têm sido motivo de controvérsia, e o Governo pediu a substituição da representante da Organização Mundial de Saúde no país, Triphonie Nkurunziza, acusando-a de manipulação dos dados.
No entanto, a oposição sustenta que a saída de Triphonie Nkurunziza está diretamente ligada à considerada “gestão caótica e desastrosa” da resposta governamental à pandemia de covid-19, acusando o Governo de estar a falsificar os dados da pandemia.
Em causa estará, segundo fontes locais, o facto de a responsável da OMS continuar a atualizar os dados relativos à pandemia na Guiné Equatorial depois de o Governo ter alegadamente optado por deixar de tornar esses dados públicos diariamente.
Com 1,3 milhões de habitantes, a Guiné Equatorial registou o seu primeiro caso confirmado de covid-19 em 14 de março, havendo atualmente registos de transmissão comunitária, tanto na região insular como na continental.
O Governo decretou o fecho de fronteiras e os estabelecimentos públicos, nomeadamente escolas, e anunciou uma verba de 5 mil milhões de francos CFA para a compra de material sanitário.
Foi ainda decretado o confinamento obrigatório da população, renovado na semana passada até 15 de junho.
“Apesar dos esforços, os casos continuaram a aumentar de forma gradual nas duas principais cidades equato-guineenses”, admitem as autoridades.
A Guiné Equatorial, que integra a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), mantém há vários dias o registo de 1.306 casos e 12 mortos.
No continente africano há 4.493 mortes por covid-19 e mais de 157 mil casos em 54 países, segundo os dados mais recentes da pandemia no continente.
Entre os países africanos lusófonos, a Guiné-Bissau é o que tem mais infeções, com 1.339 casos, registando oito mortos.
São Tomé e Príncipe contabiliza 484 casos e 12 mortos e Cabo Verde tem 466 infeções e cinco mortos.
Moçambique conta 307 doentes infetados e dois mortos e Angola tem 86 casos confirmados de covid-19 e quatro mortos.
A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 377 mil mortos e infetou mais de 6,3 milhões de pessoas.
Mais de 2,6 milhões de doentes foram considerados curados.
LUSA/HN
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