“A feira de Santiago levantou-se cedo para abrir, para ser a primeira na Galiza e a primeira em Espanha a regressar”, disse a escritora Maria Solar, no discurso de abertura da feira do livro que hoje foi inaugurada e que conta com a participação de apenas cinco livrarias e uma editora.
“Eles não infetam, mas agarram”, este é o slogan da feira do livro, que reduziu a participação de livrarias, devido às limitações provocadas pela pandemia de covid-19 e pelo facto de muitas das empresas livreiras ainda terem os seus funcionários em ‘lay-off’.
Pilar Rodriguez, presidente da Federação Galega de Livreiros, reconhece que há também alguns “medos” por parte das editoras, que “não querem correr riscos”, temendo que a feira possa não ser muito concorrida.
A Galiza é uma das regiões de Espanha menos afetada pela pandemia e será uma das primeiras a entrar em tempo de desconfinamento, a partir de segunda-feira.
Ainda assim, a feira do livro de Santiago de Compostela tem medidas especiais de segurança sanitária, com apertados protocolos de desinfeção das estruturas físicas, o uso obrigatório de máscaras e regras de distanciamento entre pessoas, marcadas por sinalizadores.
Mais de 30 autores passarão pela feira, com nomes relevantes da literatura regional e nacional espanhola como Manuel Rivas, Alfredo Conde, Xosé A. Neira Cruz, Aurora Marco, Iolanda Andrei, Pere Tobaruela, Carlos Labraña, David Plana e Vicente Vázquez, entre outros.
Para as sessões de autógrafos, a feira reservou um espaço separado, com uma tela de metacrilato por onde os livros serão distribuídos para que os autores os possam assinar e dedicar com segurança.
“Estamos todos confinados há muitos dias, trancados. Apesar de estarmos a ler, chega um momento em que é necessário ter contacto com os leitores”, observa Elba Pedrosa, uma das escritoras que participa na feira do livro de Santiago.
LUSA/HN
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