António Costa deixou esta advertência após uma reunião de cerca de uma hora com o cardeal Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, no Seminário dos Olivais, sobre as condições para o levantamento de restrições à circulação a partir de maio, depois de terminada a atual fase de estado de emergência por causa do combate à pandemia de covid-19.
“Este ainda não é momento para o país baixar a guarda em termos de medidas de confinamento e de distanciamento social. Até haver uma vacina, não vamos retomar a vida normal. Mesmo sem estado de emergência, não vamos poder viver como antes”, declarou o líder do executivo.
Perante os jornalistas, António Costa referiu que o país não pode viver “permanentemente na atual situação clausura”, mas, por outro lado, não vai poder retomar a normalidade até haver uma vacina.
“Temos um longo período à nossa frente em que, mesmo sem estado de emergência, vamos ter de manter normas de higienização social e pessoal, normas de afastamento, de contenção e de limitação à circulação, ou de forma voluntária – como aconteceu com a decisão da Conferência Episcopal -, ou impostas pelo Estado com base nos poderes de que dispõe”, frisou.
Neste ponto, o primeiro-ministro reiterou a ideia de que, quando acabar o estado de emergência, eventualmente no dia 02 de maio, “não volta tudo ao normal”.
“Até haver uma vacina, temos de manter normas para conviver com o vírus, que vai andar por aí. Este é ainda o momento para manter um grande rigor e disciplina no que respeita à contenção e afastamento social”, acrescentou.
LUSA/HN
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