Nova tecnologia de biomarcadores utilizada para diagnósticos de cancro

16 de Julho 2020

Uma nova forma de identificar biomarcadores do cancro tem sido desenvolvida por investigadores na Universidade de Lund, na Suécia. A nova tecnologia permite a identificação dos biomarcadores do cancro de forma muito sensível, rápida e barata. O estudo foi publicado na Nature Communication Biology.

Hoje, uma pessoa em cada três terá cancro ao longo da vida, e as tendências sugerem que nos próximos anos este número pode passar para uma em cada duas pessoas. Se descobertos mais cedo do que é hoje a média, a maioria dos casos de cancro teriam um resultado muito mais favorável para os pacientes. A Organização Mundial de Saúde (OMS) projetou que um terço dos cancros possam ser curados se forem diagnosticados ainda na fase de tumor de fase I ou II, que é assintomática nos pacientes.

O centro para a investigação na área oncológica CREATE, na Universidade de Lind, desenvolveu em colaboração com a Immunovia AB uma nova tecnologia que combina os anticorpos específicos com a sensibilidade da última geração de sequenciação. A tecnologia pavimentara o caminho para um programa de descoberta dos biomarcadores da próxima geração no caso do cancro, onde esta é ainda uma necessidade por satisfazer.

“Durante anos temos estado a desenvolver abordagens avançadas de diagnóstico para analises multiplexadas de proteínas séricas utilizando uma única gota de sangue para o propósito do diagnóstico mais atempado de uma doença complexa, o cancro em particular.

Existe uma quantidade incrível de informação no sangue e a nossa combinação de proteómica e genómica vai abrir-se para uma associação rápida do desenvolvimento do tumor com proteínas de assinatura. Isto vai, por sua vez, beneficiar os pacientes através de um resultado mais favorável e melhores hipóteses de sobrevivência.

Estamos muito entusiasmados com este nova geração de ferramentas de descoberta de biomarcadores”, diz o Professor Carl Borrebaeck, diretor do Centro de Saúde para o Cancro CREATE na Universidade de Lund.

 

NR/HN/João Daniel Ruas Marques

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