Numa nota de imprensa, João Paulo Gouveia refere que, depois de, em novembro de 2020, “o Governo ter anunciado o reforço de 202 camas nos cuidados intensivos”, o presidente do conselho de administração do CHTV “vem hoje anunciar, com pompa e circunstância, a criação de mais 12 camas naquela unidade, mas só no final do ano”.
“É um claro aproveitamento político. As condições deficitárias do hospital nesta matéria foram detetadas com a pandemia, já em 2020, e a resolução do problema já tinha sido prevista há meses”, afirma João Paulo Gouveia.
Na segunda-feira, o CHTV anunciou, através de um comunicado de imprensa, o início da ampliação do Serviço de Medicina Intensiva, que passará a ter 20 camas disponíveis, ao invés das atuais oito, o que representa “um investimento superior a três milhões de euros” em obras que “devem ficar concluídas até ao final do ano”.
O presidente da concelhia do PSD de Viseu lembra que, “já em março deste ano, a ministra da Saúde tinha avançado que a expansão do número de camas de cuidados intensivos estava concluída ou em curso em 21 hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”.
No entender de João Paulo Gouveia, o que foi anunciado na segunda-feira “e de imediato replicado pelo candidato do PS, é um verdadeiro insulto aos viseenses”.
Gouveia acrescenta que o presidente do conselho de administração do CHTV “tem agido como um comissário político do PS”.
“Há dias foi o anúncio do centro de oncologia, que continua sem sair do papel. Hoje é a divulgação de uma notícia que já tem meses. Com a agravante de que a obra, que já devia estar concluída, só será concretizada no final do ano”, aponta este responsável, que defende que, “em política, não pode valer tudo e os viseenses não são parvos”.
“A única coisa que me lembro de o candidato do PS ter feito relativamente a Viseu foi ter votado contra, na Assembleia da República, o projeto do centro de oncologia, apresentado como uma prioridade pelos deputados do PSD eleitos pelo círculo eleitoral de Viseu”, acusa João Paulo Gouveia.
No comunicado de imprensa divulgado na segunda-feira pelo CHTV, o presidente do conselho de administração, Nuno Duarte, explica que se trata de “obras essenciais para melhorar o acesso da população aos cuidados de saúde”, mas que só agora vão começar devido à necessidade que houve de garantir uma resposta à pandemia de Covid-19.
“Portugal está abaixo da média europeia em número de camas de medicina intensiva. Com este projeto estamos a criar as condições necessárias para responder às necessidades dos utentes”, justifica.
Para além do aumento do número de camas, esta intervenção dotará o Serviço de Medicina Intensiva de “uma maior capacidade no tratamento dos doentes com doença aguda, através da dotação de melhores equipamentos”, acrescenta o CHTV.
LUSA/HN
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