“É um primeiro passo para nos integrarmos na mobilidade que é facilitada pela vacinação”, afirmou a alta comissária para a Covid-19, Magda Robalo.
Magda Robalo falava na cerimónia de apresentação do certificado digital de vacinação, que decorreu num centro de vacinação, em Bissau, com a presença dos principais parceiros internacionais da Guiné-Bissau.
“Desde que surgiram as vacinas contra a covid-19, surgiu um outro desafio que é aceitar que as pessoas vacinadas possam viajar a nível internacional, sobretudo, sem necessidade de fazer ou apresentar um teste negativo”, disse Magda Robalo.
Segundo a alta-comissária aquele desafio demonstrou também a “necessidade de ter sistemas interoperativos que possam reconhecer a validade dos certificados de vacinação”.
Os certificados digitais de vacinação da Guiné-Bissau vão ser emitidos presencialmente, no centro de vacinação Rosa&Rosa, localizado no centro de Bissau, para evitar falsificações.
Os certificados digitais cumprem as regras da Organização Mundial de Saúde (OMS), incluem um código QR e estão em três línguas internacionais, nomeadamente português, inglês e francês.
“Enquanto houver um país, um cidadão, que não esteja protegido, o mundo inteiro estará ameaçado pela pandemia”, afirmou Magda Robalo.
A alta comissária salientou que o certificado digital ainda não anula a necessidade de um teste negativo para viajar para o estrangeiro, incluindo Portugal.
“É natural que há um trabalho de diplomacia a fazer-se, nomeadamente através do sistema das Nações Unidas e da OMS, para que os certificados das vacinas utilizadas nos diferentes países possam ser aceites ao nível de outros países”, salientou.
Magda Robalo disse igualmente que a “União Africana também está a trabalhar na interoperabilidade dos certificados dos diferentes países para facilitar as viagens ao nível do continente”.
A Guiné-Bissau já tem 90.709 fichas de vacinação digitalizadas e já pode emitir 46.541 certificados.
Desde o início da pandemia, a Guiné-Bissau, com cerca de dois milhões de habitantes, registou um total acumulado de 6.134 casos e 141 vítimas mortais.
LUSA/HN
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