PSD quer mudar modelo de gestão e financiamento do SNS e dar médico assistente a todos

19 de Novembro 2021

O PSD prometeu esta sexta-feira que, se for Governo, irá mudar o modelo de gestão e financiamento do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e dar “acesso imediato” a um médico assistente a todos os que não têm médico de família.

Na abertura da interpelação sobre saúde na Assembleia da República, o vice-presidente da bancada do PSD Ricardo Baptista Lei acusou a ministra da Saúde de terminar funções “deixando a ‘saúde doente’, um SNS debilitado e um sistema de saúde sem rumo”.

“O modelo de gestão socialista falhou (…). Por isso, afirmamos de forma clara que o atual modelo de gestão e financiamento do SNS está errado e tem de mudar”, defendeu.

O deputado e médico assumiu o compromisso de que, se o PSD for Governo, assumirá como prioridade “reformar o SNS e o sistema de saúde como um todo”.

Estas reformas, detalhou, passarão, por um lado, pela implementação imediata de “medidas de emergência” que respondam às necessidades dos doentes.

“Com o PSD, todos os portugueses que hoje não têm acesso a um médico de família, terão acesso imediato a um médico assistente”, assegurou.

Entre outras medidas urgentes defendidas pelo PSD para o setor da saúde, o deputado social-democrata apontou que todos os doentes terão “acesso imediato” a consultas, cirurgias e exames, após estarem nas listas de espera para lá do tempo “clinicamente aceitável”.

Baptista Leite assegurou ainda que “todos os doentes com doença comprovada terão acesso imediato, sem burocracias, aos atestados multiusos a que têm direito e aos consequentes apoios sociais”, e prometeu “prioridade imediata” ao acesso a cuidados paliativos.

Além destas medidas de emergência, “um Governo do PSD implementará em simultâneo as tão necessárias reformas estruturais do SNS”, acrescentou.

“Um ministro da Saúde não pode limitar-se a ser um mero contabilista que enumera quantas consultas e cirurgias se realizam a cada ano no SNS”, criticou.

O deputado do PSD defendeu a necessidade de “um novo modelo de financiamento que incentive e premeie profissionais e instituições que melhoram os indicadores de saúde e a qualidade de vida dos doentes”.

“E devem os doentes fazer parte dos processos de decisão, ninguém conhece melhor a doença que o doente”, defendeu, prometendo que a primazia estará nos cuidados de saúde primários e “incluindo todos os setores”, como o privado e social.

Para Baptista Leite, “um país com poucos meios como Portugal não se pode dar ao luxo de ignorar recursos que existem no território só porque o proprietário não é o Estado”.

O deputado assumiu ainda como compromisso de um eventual Governo do PSD “a aposta na universalização das unidades de saúde familiar e das unidades locais de saúde” e a autonomia de gestão a quem gere.

“O SNS tem de voltar a ser apelativo para os profissionais, valorizando-os e dado condições para desenvolverem ma carreira clínica e de investigação”, afirmou, dizendo que “com o PSD, o sonho de uma saúde para todos será finalmente uma realidade”.

LUSA/HN

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