As declarações de Tiley vêm colocar mais pressão sobre “número 1” mundial do ténis, o sérvio Novak Djokovic, que venceu nove vezes em Melbourne, e recusa dizer se foi, ou não, vacinado.
O Open da Austrália, o primeiro torneio do Grand Slam do ano, terá lugar de 17 a 30 de janeiro, em Melbourne, que viveu seis confinamentos e mais de 260 dias de restrições devido à pandemia.
No mês passado, o estado de Victoria, cuja capital é Melbourne, segunda maior cidade do país, excluiu a possibilidade de conceder uma dispensa especial aos tenistas não vacinados para participarem no torneio.
“Há muita especulação sobre a vacinação e, para ser absolutamente claro, quando o primeiro-ministro [do estado de Victoria] anunciou que todos no local tinham de estar vacinados, deixámos isso claro aos jogadores”, disse Tiley à televisão Channel Nine.
“Todos os jogadores compreendem, os nossos patrocinadores terão de estar vacinados, todo o pessoal que trabalha no Open da Austrália terá de estar vacinado”, insistiu.
Djokovic, que podia visar obter um 21.º título histórico no Grand Slam em Melbourne, “disse que considera este assunto privado”, acrescentou Craig Tiley. “Gostaríamos de ver Novak aqui. Ele sabe que deverá estar vacinado para jogar aqui”, frisou.
Para a edição deste ano do Open da Austrália, que decorreu em fevereiro em vez de janeiro, tenistas e treinadores foram obrigados a cumprir uma quarentena de duas semanas em hotéis.
O número de espetadores na assistência foi fixado em 30 mil por dia, ou 50% da capacidade dos lugares, e durante o torneio foi imposto um bloqueio de cinco dias no estado de Victoria.
Já para 2022, a organização anunciou que as bancadas poderão estar cheias, uma vez que a taxa de vacinação contra a covid-19 no estado ronda os 90%.
Além de Djokovic, Tiley confirmou a participação do espanhol Rafael Nadal (6.º), também à procura do 21.º título no Grand Slam.
Na prova feminina, a australiana Asleigh Barty (1.ª) vai tentar bater em casa a japonesa Naomi Osaka (13.ª), que confirmou a participação, bem como Serena Williams (41.ª), que procura a 24.ª vitória no Grand Slam.
A covid-19 provocou pelo menos 5.130.627 mortes em todo o mundo, entre mais de 255,49 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.300 pessoas e foram contabilizados 1.117.451 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
LUSA/NR/HN
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