“De 19 a 23 de novembro vacinámos 8.831 pessoas e o que acho significativo e importante é que nestes dias 3.196 vacinas administradas foram de primeira dose”, afirmou Miguel Albuquerque aos jornalistas, à margem da visita que efetuou a uma empresa responsável pela gestão de 90% dos inscritos no Centro Internacional de Navios da Madeira (MAR).
O chefe do executivo madeirense, de coligação PSD/CDS-PP, salientou que grande parte das inoculações realizadas são “pessoas não vacinadas que finalmente foram levar a vacina”.
“As medidas estão a ter um efeito muito bom apesar de eu ter sido o mau da fita, como sempre”, declarou.
Na passada semana, o Conselho do Governo da Madeira, face ao aumento de casos e doentes hospitalizados devido a infeção por SARS-CoV-2, decidiu aplicar medidas restritivas de combate à Covid-19.
Do conjunto de medidas constam o uso obrigatório de máscara nos espaços abertos e fechados, a testagem semanal da população e a apresentação, em alguns casos cumulativa, de comprovativo de teste antigénio e vacinação, nomeadamente nos restaurantes.
Esta medida teve um prazo transitório de aplicação e entra em vigor às 00:00 de 27 de novembro.
Questionado sobre a questão da fiscalização do cumprimento das medidas, Miguel Albuquerque respondeu: “Qualquer pessoa de bom senso percebe uma coisa: nós não vamos andar aqui com uma pistola atrás das pessoas”.
Albuquerque argumentou que “a única forma de garantir que um estabelecimento não fecha” e que o Governo Regional não é obrigado a “encerrar tudo é garantir que as pessoas que entram têm um teste antigénio que é grátis, válido durante uma semana”.
O responsável madeirense sublinhou ser “fácil de entender” que esta é “a única forma de controlar as cadeias” de transmissão da Covid-19.
“As pessoas ficaram chateadas porque iam despender 10 minutos da sua vida a efetuar um teste. Isso não faz nenhum sentido. Isto é proteção para toda a gente”, enfatizou.
“Eu não posso voltar a fechar a Madeira. Nós não temos condições para fechar a nossa atividade económica e não há necessidade disso”, acrescentou.
Miguel Albuquerque considerou ser “fundamental que as pessoas cumpram regras básicas e mínimas de civismo, que é fazerem os testes e se vacinarem”, contribuindo para haver “um controle das cadeias de infeções, proteger os mais vulneráveis e também os que não levam vacinas”.
O presidente referiu que o Governo Regional e os responsáveis dos centros comerciais na Madeira “já estão articulados”.
“Acho que ninguém vai arriscar a ter pessoas a entrar nos estabelecimentos, nesta fase, sem ter o teste ou estar vacinado”, acrescentou.
De acordo com os dados divulgados terça-feira pela Direção Regional de Saúde, a Madeira registou mais duas mortes pelo quarto dia consecutivo, elevando o número de óbitos para 93, e reportou 62 novos casos, num total de 544 infeções ativas no arquipélago.
LUSA/HN
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