Segundo a empresa, este é um contributo importante para o alcance das metas 95-95-95 estabelecidas pelo programa conjunto das Nações Unidas sobre VIH e SIDA (ONUSIDA), que propõe, até 2030, que 95% das pessoas que vivem com VIH sejam diagnosticadas, 95% das pessoas diagnosticadas estejam em tratamento antirretroviral e 95% das pessoas em tratamento se encontrem com carga viral indetetável. A ONUSIDA sublinha a necessidade de realização de um maior número de testes de VIH, enquanto a OMS reconhece que o autoteste é uma forma inovadora de alcançar mais pessoas que desconhecem que vivem com VIH e recomenda a sua utilização.
De acordo com dados divulgados pela OMS, o número de pessoas que vive com VIH/SIDA por diagnosticar está a aumentar na região europeia da OMS, sendo que mais de metade dos diagnósticos (53%) acontecem numa fase tardia da infeção, quando o sistema imunitário já começou a falhar.
Em Portugal, e segundo o Relatório Infeção VIH e SIDA em Portugal – 2020, elaborado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) e pela Direção-Geral da Saúde (DGS), 49,7% dos portugueses são diagnosticados tardiamente. A maioria dos diagnósticos tardios foram observados em homens heterossexuais (67,3%).
Neste momento, no mundo, cerca de 50% das pessoas que vivem com VIH são diagnosticadas tardiamente, e 7,1 milhões de pessoas não sabem que estão infetadas. Uma em cada quinze pessoas que vive com VIH não se encontra diagnosticada e um terço das mortes por VIH deve-se ao atraso no diagnóstico.
A utilização do autoteste, disponível nas farmácias, é simples, rápida e fiável (resultados em 15 minutos / deteção de uma infeção VIH que tenha ocorrido há pelo menos três meses), cómoda e anónima, explica a Viatris. Num período de pandemia, em que se tem verificado uma diminuição do número de rastreios para a infeção por VIH em Portugal, a possibilidade de realização do autoteste torna-se ainda mais importante, conclui a empresa.
PR/HN/Rita Antunes
0 Comments