A LisbonPH aceitou o desafio de André Ferreira, João Rosa e Afonso Carvalho de reunir especialistas para debater “O Futuro da Indústria Farmacêutica: Big Data e Inteligência Artificial” – um tema importante para profissionais de diferentes áreas da saúde, por isso o evento não se dirigiu apenas aos alunos de farmácia.
Os alunos da FFUL partilharam o seu auditório com futuros médicos e engenheiros de várias faculdades, que quiseram ouvir o Dr. Hugo Maia, o Dr. João Miguel Alves, o Professor Dr. António Vaz Carneiro, o Professor Dr. Henrique Martins, a Dra. Filipa Fixe Santos e o Dr. Luís Valente falar de questões relacionadas com as temáticas que deram nome ao evento – introdução aos conceitos de big data e inteligência artificial; big data na indústria farmacêutica; medicina personalizada: o futuro das terapêuticas; a inteligência artificial na indústria farmacêutica: o panorama português; o futuro da inteligência artificial; prós e contras da inteligência artificial na indústria farmacêutica.
“Nós pretendemos sempre ter uma visão muito abrangente, nunca focar só na parte farmacêutica. Acreditamos que acrescentam valor ao profissional a multidisciplinaridade e a capacidade de se ligar com outros profissionais”, afirmou ao HealthNews Tiago Dias, presidente executivo da LisbonPH.
Filipe Cordeiro, gestor de projeto da LisbonPH, falou-nos do objetivo que guiou a sua equipa até à materialização das ideias dos “clientes”: “queríamos focar um pouco naquilo que pode ser a indústria farmacêutica no futuro”, juntar várias áreas, como a engenharia e a indústria farmacêutica, e discutir um futuro “em conjunto e que transcende muito o que é feito atualmente na prática clínica”.
No início da tarde, o HealthNews teve ainda oportunidade de conversar com os alumni responsáveis pelo projeto. André Ferreira disse que os três escolheram um tema “super pertinente para a atualidade na área da saúde” e “fraturante”, envolto em dúvidas para a “maior parte dos profissionais de saúde”.
Por sua vez, João Rosa justificou a pertinência do tema com a influência que este terá nas decisões futuras e nos modos de atuar dos profissionais de saúde. “São temas muito fraturantes, e é importante estarmos informados para podermos também participar e contribuir para que eles progridam”, rematou.
Para Afonso Carvalho, “a importância deste tema é muito simples: conseguir inovar na área da saúde para que possamos levar a melhor terapêutica aos doentes” e melhorar a sua qualidade de vida. “[Este tema] vem quebrar aquilo que tem sido o tratamento tradicional clínico” e “o aconselhamento farmacêutico tradicional”, referiu.
Sobre os próximos desafios, Tiago Dias adiantou que querem organizar uma grande conferência e poder fazer eventos presenciais, e já pensaram num tema para o primeiro semestre do próximo ano: a canábis para usos medicinais, embora ainda estejam “a avaliar quais são as necessidades em termos de temáticas”.
Este evento decorreu no âmbito do Programa IDAI (Programa de Incubação, Desenvolvimento e Aceleração de Ideias), que permite que os candidatos desenvolvam um projeto com base na sua ideia, contando com o apoio da LisbonPH – a júnior empresa da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa desde 2013.
HN/Rita Antunes
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