“Se conseguirmos garantir estes dois ingredientes, união e perseverança, naturalmente conseguiremos replicar em outros locais onde tanto precisamos de soluções semelhantes a esta, como no novo hospital central do Alentejo, no hospital de Lisboa oriental ou na maternidade da cidade de Coimbra”, afirmou Marta Temido.
Na inauguração da nova ala pediátrica do Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ), no Porto, a ministra destacou duas lições a reter: a da união e a da perseverança.
“São estas duas lições que me parecem essenciais para o muito que temos para fazer no Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, observou.
Considerando que a inauguração daquela estrutura representa “um dia feliz para o SNS, um dia feliz para os profissionais de saúde e um dia especialmente feliz para as crianças”, Marta Temido disse não existir “maior satisfação” do que a sociedade se organizar para responder às necessidades dos “mais frágeis e vulneráveis e que são o futuro de todos”, as crianças.
“Desde antes da primeira pedra, foi em março de 2015, até ao dia 16 de novembro, em que a primeira menina foi tratada nestas instalações, passaram muitos anos, muitos meses, semanas e dias na vida de todos nós”, disse, lembrando que a aquele espaço resulta da capacidade e esforço “de muitos”.
“Se foram capazes de fazer aparecer o novo hospital, se foi possível que este projeto tenha passado ao longo de vários conselhos de administração, ministros e secretários de Estado é porque de facto há essa capacidade das instituições apoiarem e continuarem a manifestar-se e trabalharem por projetos bons que por vezes não aparecem tão depressa como gostaríamos”, acrescentou.
Na inauguração da nova ala estiveram também presentes o primeiro-ministro, António Costa, o presidente do Conselho de Administração do CHUSJ, Fernando Araújo, vários presidentes de câmaras, como o da Câmara do Porto, Rui Moreira, o presidente do FC Porto, Pinto da Costa, e o bispo auxiliar de Lisboa, Américo Aguiar.
O presidente do Conselho de Administração do CHUSJ, Fernando Araújo, afirmou que, após mais de uma década, este é o “realizar de um sonho”.
“É possível o SNS se reconstruir com projetos mais arrojados”, observou, dizendo que na próxima semana, naquela ala pediátrica, se vão iniciar as cirurgias no bloco operatório.
“Esta foi uma obra feita com o coração”, realçou, lembrando que naquela ala todos trabalham para fazer acreditar que “o dia de amanhã será um dia melhor”.
Também o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, disse que a inauguração daquela ala é “o realizar de um sonho”, dando os parabéns aos pais, crianças e aos que trabalharam na construção do novo espaço por, durante a pandemia, não terem parado.
A empreitada da nova ala pediátrica do Centro Hospitalar Universitário São João (CHUSJ), no Porto, arrancou em 01 de outubro de 2019 e para trás deixou 10 anos de um internamento pediátrico feito em contentores “indignos e desumanos”.
A nova ala pediátrica, cuja empreitada ficou a cargo da empresa Casais – Engenharia e Construção, está integrada em cinco pisos do edifício principal do hospital e conta com 13 mil metros quadrados.
Com capacidade para 100 camas e 700 colaboradores, a ala tem blocos operatórios, unidades de cuidados intensivos neonatais e a primeira unidade de queimados pediátricos do país.
Somam-se também valências como a cardiologia pediátrica, cirurgia cardíaca e de intervenção, oncologia pediátrica, grande trauma e resposta a doentes neurocríticos.
O espaço conta ainda com uma área lúdica, a Sala de Brincar Ronald McDonald.
Em funcionamento desde o dia 16 de novembro, a nova ala pediatria do Hospital de São João recebeu já as primeiras 21 crianças e os seus familiares.
A primeira utente a dar entrada naquela estrutura foi uma bebé de um mês.
LUSA/HN
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