África do Sul insta população a notificar de imediato efeitos adversos de vacinas

12 de Janeiro 2022

As autoridades de saúde sul-africanas instaram esta quarta-feira a população a notificar de imediato os efeitos adversos após a vacinação, depois de um homem alegar ter desenvolvido cancro após tomar a vacina contra a Covid-19.

“O Ministério da Saúde notou com preocupação um vídeo que circula nas redes sociais que mostra um paciente do sexo masculino sofrendo do que parece ser um cancro na garganta, alegando que é o resultado de uma vacina contra a covid-19”, lê-se no comunicado das autoridades da saúde sul-africanas, hoje divulgado.

Nesse sentido, as autoridades sul-africanas apelam a “todas as pessoas que tenham qualquer sintoma adverso após a imunização que informem imediatamente o posto de saúde ou local de vacinação mais próximo”.

“Cada província e distrito alocou pessoas que são responsáveis ​​por investigar eventos adversos graves e muito graves após a imunização dentro de 48 horas desde que foram identificados ou o sistema de saúde foi notificado”, refere-se na nota.

O Ministério da Saúde sul-africano salienta que “todos os eventos adversos após a imunização são levados a sério”, sublinhando que “as medidas apropriadas só podem ser tomadas se forem relatados”.

“As vacinas contra a covid-19 são muito seguras e altamente eficazes na prevenção de hospitalização e morte, portanto, desencorajamos o público a usar as condições de saúde e experiências de vida de outras pessoas para empurrar teorias pessoais para justificar a oposição injustificável a essa intervenção que salva vidas”, adiantou.

Todavia, as autoridades da Saúde da África do Sul salientam que “todas as vacinas e medicamentos têm efeitos secundários, sendo a maioria dos efeitos secundários da vacina contra a covid-19 menores e desaparecendo dentro de 2-3 dias”.

“Embora as pessoas reajam de forma diferente à vacinação e os efeitos secundários diferem ligeiramente de vacina para vacina, os efeitos secundários mais comuns das vacinas contra a covid-19 incluem dor de cabeça, febre leve, calafrios, dor e/ou vermelhão no local da injeção, fadiga, dor muscular, náusea e diarreia leve”, refere-se na nota.

“Os efeitos adversos graves após a imunização são muito raramente causados ​​pela imunização”, acrescentou.

O Ministério da Saúde sul-africano considera que, “na maioria das vezes, há eventos de saúde que teriam acontecido independentemente de a vacina ter sido aplicada”, acrescentando que “os eventos adversos raros da vacina podem ser geridos com sucesso se forem identificados precocemente”.

“Eventos adversos incomuns, graves e muito graves devem sempre ser relatados, para que sejam totalmente investigados, incluindo aqueles que necessitam de atenção médica ou hospitalização”, refere-se no comunicado das autoridades da Saúde sul-africanas.

“É importante entender se a vacina foi responsável pelo evento, ou se aconteceu coincidentemente com a vacinação, mesmo aqueles casos que melhoraram clinicamente ou resolveram espontaneamente”, frisou.

Segundo as autoridades sul-africanas, “ao relatar o caso, os investigadores designados obterão os registos médicos da pessoa que sofreu o evento adverso e enviarão esses dados ao Comité Nacional de Especialistas em Imunização Segura (NISEC) sem fazer qualquer julgamento sobre a causa do evento adverso”.

LUSA/HN

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