“Há muita atividade a acontecer ao mesmo tempo e os meios humanos, os meios profissionais também não são infinitos. Temos de fazer a devida avaliação e o equilíbrio necessário para conseguirmos fazer o que é essencial e para que a atividade também não fique toda condicionada”, afirmou, em declarações aos jornalistas, o diretor regional da Saúde, Berto Cabral, à margem de uma operação de testagem em massa na Escola Infante D. Henrique, em Angra do Heroísmo.
Na terça-feira, a Unidade de Saúde da Ilha Terceira (USIT) já tinha anunciado que iria reduzir a atividade assistencial.
Segundo Berto Cabral, também nas ilhas de São Miguel, Pico e Faial haverá uma redução da atividade não urgente.
“Isso decorre do elevado número de casos e do máximo acompanhamento que se quer dar a todas as situações, não parando de testar, não parando de vacinar, porque neste momento são essenciais para se conter o mais rapidamente possível o número de casos”, frisou.
O diretor regional da Saúde disse que algumas consultas serão feitas “por via telefónica” e alguns núcleos de saúde familiar de freguesias estarão abertos “menos dias na semana”.
“Os utentes que têm as patologias que exigem maior cuidado não ficam sem o devido acompanhamento, as grávidas não ficam sem o devido acompanhamento, a vacinação das crianças […]. Há uma série de atividades que não é suspensa e que se mantém normal. Claro que há redução do número de consultas”, explicou.
Berto Cabral não se comprometeu, contudo, com datas para a retoma da atividade normal e disse que a gestão será feita por cada unidade de saúde de ilha, tendo em conta a situação epidemiológica e o ritmo da vacinação.
“Estimamos que isso só aconteça agora num período relativamente curto até alguns destes surtos serem contidos e a nossa vida ter um grau de normalização ainda maior”, apontou.
Estes constrangimentos não deverão, no entanto, afetar os hospitais da região, já que o acompanhamento de utentes infetados em isolamento e as operações de testagem e de vacinação são assegurados pelos centros de saúde, garantiu o diretor regional da Saúde.
“A testagem, as doses de reforço e a administração das doses pediátricas têm muito impacto, porque são os profissionais da enfermagem que são solicitados para estas funções, já para não falar dos testes PCR”, justificou.
“Os médicos têm de dar o acompanhamento aos doentes infetados, têm de dar altas. É por essa razão que diminui um pouco a sua atividade”, acrescentou.
LUSA/HN
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