Projeto-piloto quer facilitar acesso aos serviços de saúde no concelho de Tábua

14 de Janeiro 2022

A Câmara Municipal de Tábua está a implementar um projeto-piloto, designado Balcão SNS “Porque a Junta está + perto”, um serviço a prestar pelas juntas de freguesia, para facilitar o acesso aos serviços de saúde.

Para isso, o município de Tábua, no interior do distrito de Coimbra, já agendou uma reunião de trabalho com o Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Pinhal Interior Norte, o Centro de Saúde de Tábua e as juntas de freguesia do concelho, de modo a resolver situações relacionadas com o acesso aos serviços de saúde e com a libertação destes de algumas tarefas essencialmente burocráticas.

Em Tábua, “a maior parte das vezes, o utente vai ao centro de saúde para passar receitas ou para marcar consultas”, exemplificou, à agência Lusa, o presidente da Câmara, Ricardo Cruz.

“A ideia é não estar a ‘entupir’, digamos assim, os serviços que ocupam sempre algum espaço e algum tempo, nomeadamente os recursos, tanto os médicos, como os próprios assistentes operacionais, com pessoas que passam lá só para pedir receitas”, especificou.

Este projeto pretende potenciar os recursos das juntas de freguesia, sintetiza.

O Balcão SNS “Porque a Junta está + perto” permite que através de uma chamada para as juntas de freguesia sejam efetuados serviços, nomeadamente a marcação e desmarcação de consultas e pedido de receituário crónico/gestão terapêutica.

O agendamento de vacinas e outros atos de enfermagem, emissão de credenciais de transporte, bem como a possibilidade de agendamento, conciliado para otimização da deslocação de idosos, são outros dos serviços preconizados no âmbito deste projeto.

Todos estes serviços podem ser prestados sem que o utente tenha de se deslocar ao centro de saúde, evitando o seu “desgaste físico e financeiro”.

A Câmara e as outras entidades envolvidas no projeto pretendem ainda, desta forma, “rentabilizar os recursos humanos existentes nas juntas de freguesia”, sublinhou o autarca.

“Há juntas de freguesia que já têm recursos humanos a tempo inteiro, naquilo que é o atendimento ao público, e mesmo não o tendo têm dias específicos para atender os seus munícipes e é aí que vão os utentes, podem telefonar ou deslocar-se à junta”, explicou Ricardo Cruz.

“O próprio elemento da junta marca diretamente as suas consultas, numa ligação estreita com o centro de saúde, ou faz o procedimento necessário para a prescrição de receitas”, sem que as pessoas tenham de se deslocar ao centro de saúde, por forma a que a junta de freguesia “que está mais próxima [do munícipe] faça esse mesmo serviço para o munícipe”, conclui o autarca.

LUSA/HN

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