A decisão foi tomada por unanimidade em reunião extraordinária daquele órgão realizada na sexta-feira, sob proposta apresentada pela Comissão Política Nacional, com o adiamento do congresso nacional, agendado inicialmente de 28 a 30 de janeiro, para 08 a 10 de abril.
A nova data foi proposta pelo recém-eleito presidente do PAICV, Rui Semedo, alegando que a “salvaguarda dos interesses e da segurança” dos cabo-verdianos “está acima dos interesses e da agenda partidária”.
Cabo Verde regista desde o final de dezembro várias centenas de novos infetados com Covid-19 diariamente e já confirmou a presença da variante Ómicron a circular no país.
De acordo com o presidente da mesa do Conselho Nacional, Ilídio Cruz, face à “imprevisibilidade da evolução da situação pandémica” em Cabo Verde, foi ainda nomeada uma comissão de acompanhamento, para avaliar a viabilidade da realização do congresso na nova data.
Caso não se registe uma “melhoria considerável” da situação pandémica, o Conselho Nacional delegou na Comissão Política Nacional do partido a decisão relativa ao eventual novo reagendamento da data do congresso.
O congresso nacional do PAICV foi marcado para entre 28 e 30 de janeiro, depois da eleição em 19 de dezembro de Rui Semedo como o novo presidente do partido, com 99% dos votos favoráveis.
Rui Semedo, que era vice-presidente, vinha exercendo a liderança interinamente, depois da demissão de Janira Hopffer Almada, após a derrota do partido nas eleições legislativas de 18 de abril, nas quais o Movimento para a Democracia (MpD) renovou a maioria absoluta.
Rui Semedo já foi também líder parlamentar, ministro da Defesa e dos Assuntos Parlamentares no Governo do PAICV e é agora o sexto presidente do partido, depois de Janira Hopffer Almada, Aristides Pereira, Pedro Pires, Aristides Lima e José Maria Neves, atualmente Presidente da República.
LUSA/HN
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