Numa mensagem a propósito do XXX Dia Mundial do Doente, que hoje se assinala, a Pastoral da Saúde do Patriarcado reconhece que “há ainda muito a caminhar para tornar os cuidados de saúde acessíveis aos mais frágeis e marginalizados, sobretudo nas regiões mais pobres de recursos”.
“Também a pastoral da saúde tem muito a fazer para tornar os cuidados espirituais acessíveis a todos. A pior discriminação está em privar os mais pobres de ajuda espiritual”, lê-se na mensagem “Escutar com Misericórdia – A escuta que toca a alma e cura o coração”, dirigida aos núcleos e grupos da Pastoral da Saúde.
No texto é sublinhado que “a escuta com misericórdia dá à pessoa o sentimento de ser escutada e compreendida, valorizada e amada”, ao mesmo tempo que “promove a confiança em si própria, transforma, dá vida, cura, liberta, salva”.
Anteriormente, o presidente da Comissão Nacional da Pastoral da Saúde manifestara também o reconhecimento “às comunidades cristãs, que continuam a procurar responder (…) às grandes questões da vida e da morte das pessoas que lhes são confiadas”.
Numa mensagem a propósito do XXX Dia Mundial do Doente, José Manuel Pereira de Almeida aludiu aos “difíceis” tempos provocados pela pandemia de Covid-19, assegurando que “o cuidado com os mais frágeis continua a marcar a (…) atenção prioritária enquanto Pastoral da Saúde”.
“Às comunidades cristãs, que continuam a procurar responder da maneira que lhes é possível às grandes questões da vida e da morte das pessoas que lhes são confiadas, iluminadas pelo mistério pascal de Jesus, a Comissão Nacional da Pastoral da Saúde, unida a todas as Comissões Diocesanas, manifesta o seu grande apreço pela solicitude como que têm vivido a sua exigente missão”, escreveu o presidente da comissão na sua mensagem.
“Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso” é o tema do Dia Mundial o Doente deste ano, com o Papa Francisco, na sua mensagem para esta efeméride a considerar que “há ainda um longo caminho a percorrer para garantir a todos os doentes, mesmo nos lugares e situações de maior pobreza e marginalização, os cuidados de saúde de que necessitam”.
Para o pontífice, cuja mensagem foi divulgada em dezembro de 2021, “o doente é sempre mais importante que a sua doença, e por isso qualquer abordagem terapêutica não pode prescindir da escuta do paciente, da sua história, das suas ansiedades, dos seus medos. Mesmo quando não se pode curar, sempre é possível tratar, consolar e fazer sentir à pessoa uma proximidade que demonstre mais interesse por ela do que pela sua patologia.”
Na sua mensagem, o Papa aborda também as dificuldades no acesso à saúde sentidas pelas “populações das zonas mais pobres do planeta, onde por vezes é necessário percorrer longas distâncias para encontrar centros de tratamento que, embora com recursos limitados, oferecem tudo o que têm disponível”.
“Ainda há um longo caminho a percorrer e, nalguns países, receber adequados tratamentos continua a ser um luxo. Testemunha-o, por exemplo, a escassa disponibilidade, nos países mais pobres, de vacinas contra a covid-19 e ainda mais a falta de tratamentos para patologias que requerem medicamentos muito mais simples”, acrescentou Francisco.
O Dia Mundial do Doente foi instituído há 30 anos por João Paulo II, para “sensibilizar o povo de Deus, as instituições de saúde católicas e a sociedade civil no que diz respeito a atenção para com os doentes e para com os que deles cuidam”, como escreveu o Papa Francisco.
LUSA/HN
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