Bispo das Forças Armadas sublinha “solidariedade face à doença” como expressão da “pessoa humana”

11 de Fevereiro 2022

O bispo das Forças Armadas e das Forças de Segurança, Rui Valério, considerou esta sexta-feira que a solidariedade face à doença é uma expressão de cada um “enquanto pessoa humana”.

Numa mensagem a propósito do XXX Dia Mundial do Doente, que hoje se assinala, Rui Valério afirma que “nenhuma outra circunstância da vida suscita tão forte solidariedade como a da vulnerabilidade da doença”.

Para o prelado, “ser solidário exprime humanidade e humanismo enquanto força de união entre as pessoas. E, não obstante a doença seja uma experiência profundamente pessoal, nunca é totalmente individual, precisamente porque suscita em todos um sentido de comunhão, de mais participação: o sofrimento de alguém suscita sofrimento nos outros, embora este seja um sofrimento diverso e de um nível diferente”.

“Mas o mistério da solidariedade na doença não se esgota aí. (…) O segredo desta envolvência reside na interioridade do ser humano”, sublinha Rui Valério numa mensagem dirigida a doentes, profissionais de saúde e voluntários, disponível na página do Ordinariato Castrense na internet.

O bispo das Forças Aramadas e das Forças de Segurança adianta, ainda, que “a vocação à perfeição move o homem a ser autenticamente humano: curar o que está ferido, salvar o que anda perdido, reparar o que foi danificado… essa sede de completude é inata à sua natureza, e tudo em vista da totalidade com o intuito de plenitude”.

O XXX Dia Mundial do Doente tem com o tema “Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso”, com o Papa Francisco, na sua mensagem para esta efeméride, a considerar que “há ainda um longo caminho a percorrer para garantir a todos os doentes, mesmo nos lugares e situações de maior pobreza e marginalização, os cuidados de saúde de que necessitam”.

Para o pontífice, cuja mensagem foi divulgada em dezembro de 2021, “o doente é sempre mais importante que a sua doença, e por isso qualquer abordagem terapêutica não pode prescindir da escuta do paciente, da sua história, das suas ansiedades, dos seus medos. Mesmo quando não se pode curar, sempre é possível tratar, consolar e fazer sentir à pessoa uma proximidade que demonstre mais interesse por ela do que pela sua patologia.”

Na sua mensagem, o Papa aborda também as dificuldades no acesso à saúde sentidas pelas “populações das zonas mais pobres do planeta, onde por vezes é necessário percorrer longas distâncias para encontrar centros de tratamento que, embora com recursos limitados, oferecem tudo o que têm disponível”.

“Ainda há um longo caminho a percorrer e, nalguns países, receber adequados tratamentos continua a ser um luxo. Testemunha-o, por exemplo, a escassa disponibilidade, nos países mais pobres, de vacinas contra a covid-19 e ainda mais a falta de tratamentos para patologias que requerem medicamentos muito mais simples”, acrescentou Francisco.

O Dia Mundial do Doente foi instituído há 30 anos por João Paulo II, para “sensibilizar o povo de Deus, as instituições de saúde católicas e a sociedade civil no que diz respeito a atenção para com os doentes e para com os que deles cuidam”, como escreveu o Papa Francisco.

LUSA/HN

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