“É preciso de tudo porque perdeu-se tudo, mas o mais urgente é conseguir um tipo de insulina ‘Lantus Solostar’ e ‘Apidra’, que é muito difícil conseguir na Venezuela, para a miúda que é diabética tipo I”, explicou fonte uma fonte próxima da família à agência Lusa.
Segundo a fonte, Jerlianie Alexandra Ramírez Valente, de 15 anos, precisa de insulina várias vezes ao dia, mas conta apenas com algumas doses de medicamento.
Contactada pela Lusa, a cônsul honorária de Portugal em Mérida, Aurister Pinto, explicou que está “muito sensibilizada e preocupada pela situação” e explicou que tem um filho “diabético Tipo I” que teve que viajar para Portugal para poder fazer o tratamento médico que necessitava.
“A menina é diabética do tipo I e necessita de insulina e de tudo em casa porque ficaram sem nada”, explicou a cônsul, precisando que já pediu ajuda à organização não-governamental “Médicos Unidos por Venezuela” e a médicos luso-venezuelanos, mas continua a ser necessário “conseguir insulina para salvar a miúda”.
Por outro lado, explicou que em 20 de fevereiro um “deslave” (deslizamento de terras) em El Vigia, Mérida, afetou a casa desta família portuguesa humilde.
A lama inundou o quarto onde dormiam três irmãs, de 13, 14 e 15 anos, provocando a morte de Daviana Ramírez Valente, de 14 anos.
Apesar dos esforços, os familiares conseguiram apenas resgatar com vida, dos escombros, duas das três irmãs.
Um médico venezuelano explicou à Lusa, que no passado as pessoas das regiões do oeste da Venezuela, acudiam a profissionais da saúde da vizinha Colômbia para conseguir os medicamentos para vários tratamentos, entre eles insulina para os diabéticos, um produto que precisa de manter-se refrigerado durante o transporte.
No entanto, a presença da guerrilha colombiana nalgumas localidades do norte da Colômbia, fronteiriças com a Venezuela, tem dificultado e impedido o transporte de pessoas, produtos e medicamentos entre ambos países.
LUSA/HN
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