“Na situação atual, ainda mais do que há uma semana ou duas ou três, ninguém percebe porque é que o corredor aéreo britânico não abre. Quer dizer, se não abre agora, quando é que abre”, questionou Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações aos jornalistas junto à praia dos Três Irmãos, em Alvor, no concelho de Portimão, onde iniciou um período de seis dias de férias.
O chefe de Estado disse não ser possível estar “à espera de zero casos”, porque “nenhum país vai ter zero casos” e o que “se assiste na Europa é até uma evolução oposta” à que se vive “neste momento de estabilização em Portugal”.
Para Marcelo Rebelo de Sousa, a situação epidemiológica em Portugal poderia permitir a abertura do corredor aéreo entre o Reino Unido e Portugal, isentando os viajantes que chegam a território britânico de fazer uma quarentena de 14 dias devido à pandemia de covid-19.
“A questão essencial é a preparação do Serviço Nacional de Saúde, que até agora tem respondido à medida do que era necessário, a preparação do nosso e dos outros para momentos de maior pico. Por isso, olho mais para o número de internados e de cuidados intensivos, do que dos infetados, sobretudo os assintomáticos”, acrescentou.
LUSA/HN
Mais do que tentar convencer as autoridades inglesas que deveriam alterar indicadores, deveria ser feito um esforço para cumprir os indicadores que estão acima do nível mínimo, definido pelo Reino Unido, nomeadamente o número acumulado de novos infetados dos últimos 14 dias, por 100.00 habitantes, em que Portugal tem um valor de 26,0 . O Reino Unido tem 18,6. Em termos de regiões apenas Lisboa e Vale do Tejo estava acima dos 20,0. Todas as outras regiões de Portugal estavam abaixo de 20, incluindo Açores e Madeira. Fonte: https://www.ecdc.europa.eu/en/cases-2019-ncov-eueea.