“O impacto nos direitos humanos da distribuição desigual das vacinas é grave. Os mais afetados são aqueles que sofrem discriminação sistemática”, afirmou Michelle Bachelet, durante uma intervenção no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas (ONU), em Genebra, na Suíça.
Nesse sentido, A Alta-Comissária da ONU, citada pela agência Efe, classificou como “imoral e injusta” a desigualdade que existe no acesso às vacinas nos países em vias de desenvolvimento, nos quais cerca de 86% da população continua sem receber a primeira dose da vacina contra a Covid-19, enquanto nos países mais desenvolvidos a taxa de não vacinados é apenas de 30%.
“Os nacionalismos das vacinas privam as pessoas do direito inalienável de desenvolvimento, aumentam a pobreza e intensificam o fosso entre países ricos e pobres”, sublinhou, alertando para os perigos do surgimento de variantes mais perigosas do vírus.
Face a esta situação, Michelle Bachelet defendeu a necessidade “passar das palavras aos atos” e pediu uma resposta global para acelerar os esforços e apoiar o programa de distribuição das doses COVAX, com o intuito de assegurar uma distribuição “urgente e efetiva”.
LUSA/HN
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