O grupo – constituído por 17 crianças, 32 mulheres (uma delas grávida) e dois homens – foi recebido pelo presidente da Câmara, Pedro Santana Lopes, que deu as boas-vindas e prometeu levar os mais novos a comer gelados na cidade.
Visivelmente emocionado, o autarca disse, em declarações aos jornalistas, que o município tem “toda a vontade de apoiar” e considerou “extraordinário” todo o movimento de apoio que existe na Europa.
“O mundo também tem coisas bonitas e é preciso realçá-las”, sublinhou Santana Lopes, que destacou o sorriso das crianças “apesar disto tudo” e a simpatia dos restantes elementos.
A vereadora Olga Brás, que liderou a comitiva da proteção civil municipal que se deslocou a uma cidade próxima da fronteira com a Ucrânia, salientou que os refugiados “estão muito desgastados”, depois de uma viagem de cerca de 40 horas ininterruptas.
“O primeiro embate quando chegámos é completamente surreal, só mesmo vendo ao vivo. Chegámos às 02:00, com 10 graus negativos, com as pessoas num campo de refugiados, sem o mínimo de condições”, disse a autarca, referindo que alguns ainda querem ficar “porque têm a esperança de que a guerra termine o mais rápido possível”.
O grupo vai ficar instalado no Colégio de Quiaios, no concelho da Figueira da Foz, com acesso a biblioteca, aulas de música e português e a espaços de lazer, e esta tarde vai ser sujeito a avaliação médica e testados à Covid-19.
À medida que vão integrando o mercado de trabalho, cada agregado vai-se instalando nas casas que estão a ser preparadas para os acolher.
O município da Figueira da Foz preparou uma bolsa de emprego, de alojamento e de escolas, para que as crianças possam ser matriculadas e frequentem o ensino.
“Queremos trazer as pessoas, mas acima de tudo dar-lhes dignidade e uma vida que deixaram toda para trás. Queremos estar ao lado e dar-lhes aquilo que perderam de alguma forma”, sublinhou a vereadora Olga Brás.
LUSA/HN
0 Comments