A paralisação, que abrange todos os profissionais do setor à exceção de médicos e enfermeiros, é a primeira desde o início da pandemia da Covid-19 e, segundo a coordenadora da Federação, foi motivada por reivindicações antigas que continuam sem resposta.
“Existe uma vontade de aderir à luta porque, na verdade, são muitos anos à espera de concretização e de resolução dos seus problemas”, disse Elisabete Gonçalves em conferência de imprensa, acrescentando que “depois de tantas palmadinhas (durante a pandemia), nada se resolve”.
Em concreto, a coordenadora da FNSTFPS fala em problemas que afetam auxiliares de ação médica, técnicos superiores de saúde e técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica, e que acentuam a instabilidade nos serviços de saúde e prejudicam o Serviço Nacional de Saúde.
“São situações que poderão parecer diversas e distantes, mas que no seu conjunto criam uma desmotivação aos trabalhadores da saúde, que em termos de retenção de trabalhadores na saúde em nada beneficia”, referiu.
Elisabete Gonçalves denuncia sobretudo problemas relacionados com a carreira desses profissionais, reivindicando a reposição da carreira de técnico auxiliar, e criticando também a alteração da carreira dos técnicos superiores de diagnóstico que “não traduz as especificidades destes trabalhadores”.
“Quanto aos técnicos superiores de saúde, há anos que lutam por procedimentos concursais de promoção que não estão a ser feitos, o que limita a valorização destes trabalhadores”, explicou a coordenadora.
A greve de dia 01 de julho é dirigida a todos os trabalhadores de Portugal continental e da região autónoma dos Açores, sendo antecedida de uma paralisação a 30 de junho na região autónoma da Madeira, por ser feriado no dia seguinte.
LUSA/HN
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