Investimento no Serviço de Saúde da Madeira permitiu evitar problemas nas urgências

15 de Junho 2022

Os problemas nos serviços de alguns hospitais do país não se registam na Madeira devido ao investimento feito no Serviço Regional de Saúde, com respeito pelos profissionais e reorganização do sistema, disse o secretário da Saúde do arquipélago.

“Aqui, na região, felizmente temos tido política diferente do Serviço Nacional de Saúde, de investimento constante no serviço regional”, declarou Pedro Ramos em conferência de imprensa.

O responsável, que é médico de profissão, comentava a situação registada em alguns hospitais do país, que levaram ao encerramento de serviços de urgência, nomeadamente de obstetrícia, devido à escassez de clínicos.

O governante salientou que na Madeira tem existido “respeito pelos colegas”, tendo o Governo Regional apostado no aumento da remuneração no serviço de urgência, pagando cerca de 50 euros por hora.

Além disso, acrescentou, o executivo madeirense também promoveu a regularização das carreiras e tem “feito tudo para fixar os profissionais no sistema público”.

Pedro Ramos recordou ainda a implementação do subsidio de fixação, que representa “700 euros atribuído todos os meses, a todos os profissionais”, e os incentivos para algumas áreas carenciadas, nas quais as remunerações foram aumentadas “em mais de 40% para fixar profissionais”.

“Com estas soluções temos tido cuidado e colaboração de todos os profissionais na reorganização do Serviço Regional de Saúde perante estas situações”, sublinhou.

Pedro Ramos assegurou também que “no Hospital do Funchal tudo tem sido feito no sentido de não só aproveitar o Serviço Regional de Saúde, mas também o Sistema Regional de Saúde”, o que passa pelo recurso ao hospital particular e às clínicas na área da “produção adicional como a cirurgia”, estando em vigor, desde janeiro, um protocolo enquanto decorrem as obras no bloco operatório, que devem prolongar-se até outubro.

“Nós [Governo Regional] temos tido o cuidado para não ter estes problemas. Mas, há uma outra área relacionada com a obstétrica, a neonatologia, com recursos humanos com alguma dificuldade” e é necessário fixar os profissionais de saúde “para escolherem esta especialidade, porque precisamos de incentivar a natalidade”, enfatizou.

Na conferência de imprensa, o secretário Regional anunciou mais uma reorganização do Serviço Regional de Saúde, devido à grande afluência registada nas urgências das unidades da região, nomeadamente a abertura desta valência no centro de Saúde do Bom Jesus.

A unidade vai estar aberta a partir de segunda-feira, entre as 16:00 e as 24:00 horas, para doentes pouco urgentes ou não urgentes “para que não fiquem tanto tempo à espera de serem observados”, realçou.

Pedro Ramos destacou igualmente que a região dispõe de serviços de atendimento de urgência nos vários centros de saúde que podem ser de 24 horas e alguns entre as 16:00 e as 22:00, sendo o Funchal o único concelho que não dispunha desta “solução alternativa” até ao momento.

Pedro Ramos lembrou ainda também a triagem de Manchester foi implementada na Madeira há 15 anos, sendo que segundo este método é atribuída a cor vermelha aos doentes críticos que são atendidos de imediato, a laranja é aplicada aos que podem passar a esta situação a qualquer momento e têm atendimento em 15 minutos, a cor amarela tem um tempo de espera de uma hora, enquanto os doentes a quem é atribuída a cor verde podem ficar a aguardar até duas horas para serem assistidos.

Sobre o aumento da afluência aos serviços de urgência, o secretário regional exemplificou com a situação da unidade de Machico, que assiste diariamente entre 100 e 150 pessoas e na segunda-feira registou 200 doentes.

LUSA/HN

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