Proteção Civil alerta que “não se pode baixar a guardar” apesar da melhoria das condições

17 de Julho 2022

O comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, André Fernandes, defendeu que “não se pode baixar a guarda” relativamente à prevenção que toda a população deve fazer quanto à ocorrência de incêndios.

“Apesar daquilo que é a perspetiva meteorológica estar um pouco melhor, do ponto de vista da temperatura e também um ligeiro aumento da humidade relativa do ar, as condições para os incêndios mantêm-se extremas e isso mesmo se verifica naquilo que está a acontecer neste momento em Chaves e, portanto, todo o cuidado é pouco”, disse André Fernandes.

O responsável apelou ainda “à continuidade daquilo que é a colaboração da população no apoio, não só às operações, mas acima de tudo nos conselhos e acatar aquilo que são as indicações e os conselhos” que são dados: “Não podemos baixar a guarda”.

“Vamos continuar a dar também aquilo que é a manutenção operacional do dispositivo face à situação que ainda vivemos. Relembro que a declaração de contingência é até amanhã e temos que manter todos os nossos comportamentos adequados face a esta situação”, adiantou.

André Fernandes acrescentou que está a ser feita uma avaliação quer quanto aos dados meteorológicos e também operacionais para uma eventual redistribuição de meios no terreno.

“Vamos fechar isso durante esta noite, para depois amanhã [domingo] também haver a tal decisão [sobre a prorrogação ou não da situação de contingência] e percebemos como é que vão ser os próximos dias”, frisou.

O comandante nacional da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) salientou que estando 80% do território nacional em situação de seca extrema, isso quer dizer que após a atual onda de calor “as condições ainda se agravaram mais”.

“Portanto, apesar da meteorologia, do ponto de vista de que o que nós sentimos vai ser um pouco melhor (…) as condições para a declaração dos incêndios e para a progressão rápida dos incêndios mantêm-se no território”, alertou.

“Podemos eventualmente fazer as alterações daquilo que são os estados de alerta, mas as condições no território estão presentes e precisamos, de facto, de continuar todos com esta consciência, que a situação da seca extrema agrava e potencia aquilo que são a progressão e a intensidade dos incêndios”, vincou André Fernandes, que disse acreditar que as atuais condições se vão manter durante todo o verão.

De acordo com a página da internet da ANEPC, às 21:40 estavam em curso em Portugal continental nove incêndios, combatidos por 556 operacionais.

LUSA/HN

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