O programa: “Apoiar a Saúde Reprodutiva, Materna, Neonatal e Infantil rumo a um Sistema Universal de Cobertura de Saúde na Guiné-Bissau (PIMI), que já vai na sua terceira fase, visa apoiar o Ministério da Saúde guineense na melhoria dos serviços sanitários desde Bissau até às aldeias.
Falando no ato do lançamento do PIMI -III, ao lado do ministro da Saúde guineense, Dionísio Cumba, a embaixadora da União Europeia em Bissau considerou satisfatórios os resultados alcançados desde o lançamento do programa, em 2013.
Sónia Neto afirmou que a taxa de mortalidade materna foi reduzida para metade em relação a 2014, isto é, de 900 mortes em cada 100.000 nascidos, para 436 em cada 100.000, que se registou um aumento de quase 50% do número de atos médicos gratuitos, que foram identificadas e classificadas de forma precoce 99% de mulheres grávidas consideradas de Alto Risco Obstétrico e que o tratamento contra o paludismo (malária) e a pneumonia atingiu 100% de crianças guineenses.
Os oito milhões de euros disponibilizados agora pela União Europeia no âmbito do PIMI-III vão servir para, nos próximos três anos, beneficiar diretamente 343.101 crianças até 5 anos de idade, 450.184 mulheres em idade fértil em todas as regiões da Guiné-Bissau, bem como cerca de 1.500 profissionais de saúde, referiu Sónia Neto.
O PIMI-III irá abranger um universo total de 133 estruturas de saúde, de diferentes níveis e perfis assistenciais, entre centros de saúde, hospitais regionais de referência e, ainda, o Hospital Nacional Simão Mendes, em Bissau, notou a embaixadora da União Europeia.
Sónia Neto disse que não consideraria o PIMI como “o melhor programa” da União Europeia na Guiné-Bissau, mas afirmou que, enquanto mulher e mãe, não poderá esconder que se trata de “um programa muito emblemático”.
“Representa salvar vidas humanas”, disse a embaixadora, frisando tratar-se do “maior desígnio” da União Europeia e dos Estados-membros.
Sónia Neto explicou ainda que a estratégia do PIMI é baseada na integração de três componentes: Reforço da disponibilidade e qualidade dos cuidados de Saúde Materna e Infantil na Guiné-Bissau, assegurado pela fundação portuguesa Instituto Marquês de Valle Flôr, reforço da gestão das Unidades de Saúde e acesso gratuito aos cuidados médicos básicos, sob a responsabilidade da ONG francesa EMI e o reforço da Saúde Comunitária, coordenado pela Unicef.
A partir de 2019, o programa passou a contar com uma quarta componente transversal, que consiste na avaliação dos efeitos potenciais dos cuidados de saúde obstétricos gratuitos e na identificação das barreiras, numa ação coordenada pelo projeto de Saúde Bandim, um conhecido centro de pesquisa situado em Bissau.
LUSA/HN
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