O rastreio oftalmológico tinha sido realizado a 20 de junho, data em que o SAMS e o CPR assinalaram juntos o Dia do Refugiado. Esta semana, numa pequena cerimónia, os óculos foram entregues a todos os refugiados que apresentaram essa necessidade, e ficou a promessa de que esta parceria poderá prolongar-se no futuro, consoante as necessidades e possibilidades de ambas as partes.
“Às vezes, temos tanta sorte com a nossa envolvente que nos esquecemos do que é chegar a um sítio e não ter nada. Foi a pensar nestas pessoas que desenvolvemos esta ação. Ninguém devia ser privado de ter acesso à saúde. É um enorme orgulho podermos trabalhar com o CPR para fazer a diferença”, referiu António Fonseca.
Por seu lado, o CPR comentou: “a saúde é essencial para a integração das pessoas refugiadas no nosso país, sendo esta uma das principais prioridades da nossa organização. A especialidade de oftalmologia é das que exige maior necessidade de apoio, por isso, e graças a esta parceria, hoje conseguimos fazer a diferença.”
O SAMS garante aos seus beneficiários a proteção na saúde, em complementaridade ao SNS, através da sua rede de clínicas, e é uma entidade dotada de autonomia administrativa e financeira, gerida pelo Sindicato da Banca, Seguros e Tecnologias – MAIS Sindicato.
A rede SAMS inclui o Hospital SAMS, o Centro Clínico de Lisboa, 17 clínicas pelo país, serviço de ótica, parafarmácia e um lar de idosos.
O CPR foi constituído em setembro de 1991, com a missão de defender e promover o direito de asilo em Portugal.
A pequena ONG que nasceu há mais de duas décadas apenas com dois trabalhadores, um punhado de voluntários e o patrocínio exclusivo do ACNUR é hoje uma organização com mais de seis dezenas de colaboradores e vários projetos em curso, financiados por entidades diversas, que visam: o acolhimento e a integração de refugiados; a promoção de políticas de asilo humanitárias e sustentáveis; e a formação e sensibilização para esta temática e direitos humanos.
PR/HN/RA
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