Relatório da Covid-19 revela incidência elevada com tendência estável e mortalidade a descer

27 de Agosto 2022

A Covid-19 em Portugal tem uma incidência elevada, com tendência estável, o número de internamentos mantém-se estável e a mortalidade associada à doença tem tendência decrescente, indica o relatório semanal de monitorização da situação epidemiológica divulgado ontem.

O relatório, elaborado por técnicos da Direção-Geral da Saúde e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, continua a recomendar a manutenção das medidas de proteção individual, a vacinação de reforço e a “comunicação frequente destas medidas à população”.

O documento, que data de quarta-feira e é divulgado semanalmente todas as sextas, resume a situação de Covid-19 em Portugal como de transmissibilidade elevada com tendência decrescente, e gravidade e impacto com tendência decrescente.

Segundo o relatório, o número de novos casos tem uma tendência estável a nível nacional e a maioria das regiões de saúde apresenta uma tendência decrescente, exceto a Região Autónoma dos Açores e a região Centro.

O índice de transmissibilidade (Rt) continua inferior a 1 a nível nacional e na maioria das regiões, o que indica uma tendência decrescente de novos casos.

O número de pessoas internadas em Unidades de Cuidados Intensivos tem uma tendência estável, correspondendo a 15,3% do valor definido como critico de 255 camas ocupadas.

A mortalidade específica por Covid-19 situa-se nos oito óbitos em 14 dias por milhão de habitantes, com uma tendência decrescente. A mortalidade por todas as causas está dentro do esperado para a época do ano, “o que indica o término do período de excesso de mortalidade que decorreu”, diz o documento.

O valor em relação aos mortos, refere o documento, é inferior ao limiar de 20 óbitos a 14 dias por milhão de habitantes, definido pelo Centro Europeu de Controlo de Doenças.

O rácio entre o número de pessoas internadas e infetadas é de 0,26 no período em análise, apresentando uma tendência crescente.

A linhagem BA.5 da variante Ómicron do coronavírus SARS-CoV2 (que causa a covid-19) continua a ser “claramente dominante” em Portugal, tendo maior capacidade de transmissão, nota-se ainda no relatório.

Que diz que a percentagem de testes positivos para SARS-CoV-2 observada nos últimos sete dias (16 a 22 de agosto) foi de 20,2%, “o que indica uma estabilização”.

Entre 3 de março de 2020 e 22 de agosto de 2022 foram registados 5.399.734 episódios de infeção por SARS-CoV-2 / COVID-19, dos quais 350.870 são episódios de suspeitas de reinfeção.

A covid-19 é uma doença respiratória que se tornou numa pandemia em 11 de março de 2020, depois de o SARS-CoV-2, detetado em finais de 2019 na China, se ter disseminado rapidamente pelo mundo.

Em Portugal, os dois primeiros casos foram confirmados em 02 de março de 2020.

LUSA/HN

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