Os jornalistas foram informados de que a DGS realizaria hoje, a partir das 10h30, o seminário “Violência no Sector da Saúde – da Prevenção à Ação, uma iniciativa da Direção-Geral da Saúde (DGS), através do Programa Nacional de Prevenção da Violência no Ciclo de Vida (PNPVCV), do Gabinete de Segurança do Ministério da Saúde e das Administrações Regionais de Saúde, em colaboração com a Assembleia Municipal de Lisboa, os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, o Núcleo de Estudantes do Serviço Social do ISCTE e a Escola Superior de Saúde da Cruz Vermelha Portuguesa”.
Na cerimónia de abertura, Graça Freitas frisou que os problemas da saúde “não se resolvem apenas no setor da saúde”, mas sim “com a presença de todos os setores e com a sua intervenção, porque são demasiado complexos”.
A diretora-geral da Saúde sente-se orgulhosa do progresso da Direção-Geral da Saúde, no decorrer de um “longo percurso, que saiu de dentro do Ministério de Saúde, da saúde para a comunidade, para outros parceiros”.
“O grande objetivo da DGS, do plano e dos seus parceiros é envolver o maior número de pessoas neste movimento que, como eu vos disse, gostava que se tornasse uma cultura de segurança e de boa relação interpessoal ao longo do ciclo de vida”, continuou a representante.
Graça Freitas disse ainda que o Plano Nacional de Saúde 2021-2030 “é um compromisso e um processo”, realçando a responsabilidade de melhorar a saúde e o bem-estar da população, “sem deixar ninguém para trás”, e de acompanhar os mais vulneráveis.
Simultaneamente, é preciso trabalhar para preservar o planeta e “temos sobretudo o compromisso e a responsabilidade de não comprometer a saúde e a vida das gerações futuras”, completou a diretora-geral da Saúde.
Luís Pisco, presidente do Conselho Diretivo da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, igualmente presente na cerimónia de abertura, afirmou: “A ARSLVT condena veementemente todas as formas de violência contra os seus profissionais e sobre as organizações de saúde, condena os atos violentos entre colegas de trabalho e os comportamentos agressivos de doentes e seus familiares, apelando aos profissionais e às instituições de saúde, e a todas as outras partes interessadas, para agirem de forma coordenada, colaborativa e efetiva contra este flagelo”.
Para o representante da ARSLVT, “as ameaças de violência física e os atos de agressão no local de trabalho devem ser enfrentados através de medidas preventivas, capazes de agir sobre as causas da violência, tendendo a minimizar o risco da sua ocorrência”. “Necessitamos de uma resposta rápida e eficaz à ocorrência de violência, mas também de uma política clara de prevenção e de um projeto concreto que envolva a sensibilização e a formação dos profissionais, assim como a conceção de locais de trabalho seguros e de um processo de cuidado às vítimas e uma efetiva gestão e acompanhamento das queixas”, defendeu.
“Por isso, e para concluir, importa em todas as profissões pensar séria e responsavelmente no desenvolvimento de fortes políticas de prevenção, pois esta contribui e muito para uma saúde equilibrada, quer para quem está em estado de necessidade, quer para os profissionais que estão a desenvolver esforços no sentido de encontrar uma resposta objetiva e concreta para quem verdadeiramente precisa. E será importante adaptar a cada uma das atividades planos de ação para a prevenção da violência”, alertou Ana Mateus, 1.ª Secretária da Mesa da Assembleia Municipal de Lisboa, a última interveniente na cerimónia de abertura.
HN/Rita Antunes
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