APDP diz que aprovação da primeira imunoterapia para a diabetes tipo 1 “é um momento histórico”

23 de Novembro 2022

A Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) saudou esta quarta-feira a provação da primeira imunoterapia do mundo para a diabetes tipo 1, considerando que se trata de um “momento histórico”.

A primeira imunoterapia criada para a diabetes tipo 1, que atrasa, em média, 3 anos o desenvolvimento desta doença em pessoas com alto risco, foi esta semana aprovada nos Estados Unidos da América, pela Food and Drugs Administration (FDA).

Em comunicado, José Manuel Boavida, presidente da APDP, destaca que “na diabetes, cada dia conta, e o atraso no desenvolvimento da doença é uma grande vitória! Significa mais três anos, em média, durante os quais as pessoas podem viver sem terem de se preocupar com injeções, contagem de hidratos de carbono e controlo da glicemia, mas não só. Poderá ajudar também a protegê-las do desenvolvimento de complicações a longo prazo.”

O responsável considera que “estamos hoje mais próximos do dia em que a diabetes tipo 1 poderá ser prevenida ou até curada, é um momento histórico! Para isso, temos de alargar o acesso a esta imunoterapia a todo o mundo”

Na diabetes tipo 1, o sistema imunológico destrói as células do pâncreas que produzem insulina. “As imunoterapias são novos tratamentos que reprogramam o sistema imunológico para interromper o seu ataque ao pâncreas, lidando com a causa da diabetes tipo 1, neste caso específico.”, explica João Filipe Raposo.

A imunoterapia agora aprovada consiste “num anticorpo programado para atacar as células imunes responsáveis pela destruição das células beta produtoras de insulina. Isto permitirá produzir insulina durante mais tempo.”

Esta imunoterapia pode ser agora prescrita nos Estados Unidos da América a pessoas com mais de oito anos e com alto risco de virem a desenvolver diabetes tipo 1. No Reino Unido, em parceria com o Sistema Nacional de Saúde (NHS), o processo de aprovação também já foi iniciado. Está ainda a ser testada a possibilidade de ser utilizada em pessoas recentemente diagnosticadas com diabetes tipo 1, na tentativa de proteger as células beta produtoras de insulina remanescentes.

PR/HN/Vaishaly Camões

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