“No caso de Lisboa e Vale do Tejo há já dezenas de doentes transferidos para essas camas. Foi a região onde nos concentramos primeiro porque é aquela onde a pressão tem sido mais intensa e mais difícil. Vamos agora trabalhar no desenvolvimento desse processo na região Norte e na região Centro onde há também uma pressão significativa. Mas a pressão mais aflitiva é em Lisboa e Vale do Tejo”, disse Manuel Pizarro.
O governante falava aos jornalistas em Matosinhos (distrito o Porto), à margem da inauguração do Endoscopia Avançada da ULSM, tendo sido questionado sobre o processo de abertura de vagas para acolher casos sociais, tendo sido confrontado com críticas feitas por instituições do setor social.
“Já há transferência de doentes independentemente dos contratos. Não há nenhuma dúvida que o Estado vai honrar o acordo com as IPSS [Instituições Particulares de Solidariedade Social] e com as Misericórdias com natural boa-fé”, disse o governante.
No Hospital Pedro Hispano, onde presidiu ao Encontro “O Papel das Unidades Locais de Saúde no SNS”, Manuel Pizarro foi convidado a fazer um ponto e situação sobre as negociações com os profissionais de saúde.
“Francamente [está a correr] de forma muito positiva com os enfermeiros. Vamos pagar este mês a cerca de 20 mil enfermeiros um aumento da sua posição remuneratória e vamos fazer de forma retroativa a janeiro de 2022. É um esforço de 72 milhões de euros. Estamos em fase muito embrionária com os médicos e com os técnicos auxiliares de saúde”, referiu.
Confrontado com o facto as organizações representativas os médicos já terem ameaçado nova greve para janeiro, Manuel Pizarro repetiu o otimismo.
“Um processo de negociação é um tango que exige duas partes para ser dançado”, concluiu.
LUSA/HN
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