Proteção Civil alerta para aumento “muito grande” do risco de incêndios até terça-feira

6 de Setembro 2020

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) alertou hoje para um aumento “muito grande” do risco de incêndio até terça-feira em todo o continente português, em especial a norte do rio Tejo.

“Vamos ter tempo quente e seco, com vento de leste e pouca humidade. Vamos ter um aumento do risco de incêndio muito grande. Até à próxima terça-feira, o país, na sua generalidade – com maior incidência a norte do rio Tejo –, vai assistir a um aumento muito significativo do risco de incêndio. E este aumento vai também trazer muitas dificuldades ao dispositivo no combate aos incêndios rurais”, afirmou o comandante de agrupamento distrital da ANEPC Pedro Nunes.

O responsável avisou que o uso de fogo “não é uma opção” para a população, “assim como o uso de qualquer tipo de maquinaria, quer nos espaços agrícolas, quer nos espaços florestais”, apelando ainda a que as pessoas cumpram as indicações das forças de segurança.

O país encontra-se em alerta laranja até às 23:59 de 08 de setembro, terça-feira.

“Na quarta-feira as condições do ponto de vista da severidade meteorológica poderão melhorar ligeiramente, uma vez que o país poderá deixar de sofrer a influência da corrente de leste. É uma situação que ainda está em análise no Instituto Português do Mar e da Atmosfera e que será confirmada nas próximas horas ou no briefing de amanhã”, reforçou, sem deixar de sublinhar que “não é de descurar que [o alerta] possa ser prolongado”.

Em declarações aos jornalistas na sede do organismo, em Carnaxide (concelho de Oeiras, distrito de Lisboa), o comandante Pedro Nunes adiantou também que desde o início de setembro se registaram “cerca de 400 incêndios rurais” e explicou que neste momento a situação mais preocupante tem lugar no concelho de Porto de Mós, com início na última madrugada.

O objetivo, disse, passa por “reduzir ao máximo as ignições” no país.

“Quanto mais incêndios tivermos, mais dispersos ficam os meios, perdemos alguma capacidade e algum músculo. Uma coisa é tratarmos de 50 ou 60 ignições por dia, outra é tratarmos 200 ou 300. Ficamos perante um cenário fora da capacidade de intervenção do dispositivo. Fruto do aumento das temperaturas, da velocidade do vento e da diminuição da humidade, haverá mais disponibilidade para os combustíveis arderem e trará também dificuldades acrescidas a quem combate o incêndio no terreno”, concluiu.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

68% dos doentes não têm a asma controlada

Muito prevalente, subdiagnosticada e mal controlada, a asma ainda pode ser causa de morte no nosso país. Para aumentar a literacia sobre esta doença, o GRESP, a SPAIC e a SPP, embarcam no Autocarro da Asma para esclarecer a comunidade

Ordem firme na necessidade de se resolver pontos em aberto nas carreiras dos enfermeiros

O Presidente da Secção Regional da Região Autónoma dos Açores da Ordem dos Enfermeiros (SRRAAOE), Pedro Soares, foi convidado a reunir esta sexta-feira na Direção Regional da Saúde, no Solar dos Remédios, em Angra do Heroísmo. Esta reunião contou com a presença de representantes dos sindicatos e teve como ponto de partida a necessidade de ultimar os processos de reposicionamento que ainda não se encontram concluídos, firmando-se a expetativa de que tal venha a acontecer até ao final deste ano.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights