Com a presença, na sessão de abertura, do ministro da Saúde e do Presidente do Supremo Tribunal de Justiça de São Tomé e Príncipe, a formação recorreu a modelos de simulação proporcionados pelo Centro de Simulação da Faculdade de Medicina de Coimbra.
Dirigida essencialmente a profissionais de saúde (médicos e enfermeiros do país), a iniciativa contou com a coordenação do diretor-executivo do Centro de Investigação e Formação Forense, Duarte Nuno Vieira, para quem “toda a resposta social ao crime que se manifesta através dos mecanismos formais próprios de um estado de direito deve alicerçar-se na produção de provas”. “Quando se discute a prática de um crime, é a produção de provas que determina o sentido das decisões das autoridades judiciárias que se têm de pronunciar sobre a existência de um crime, o seu autor e a sua responsabilidade. Em situações de alegada agressão sexual é necessária a intervenção de profissionais de saúde que promovam uma correta e eficaz perícia médico-legal, de modo a assegurar uma imediata observação das vítimas, com o intuito de recolher vestígios ou amostras susceptíveis de se perderem ou degradarem, colocando em causa a identificação de potenciais perfis genéticos do agressor.”
A formação teve como objetivo dotar os formandos de importantes ferramentas de investigação, capazes de levar a cabo uma correta obtenção de informação credível, a colheita e a preservação de vestígios com valor probatório para a reconstituição e interpretação dos factos relacionados com agressão sexual, com vista a conclusões fundamentadas.
Esta ação formativa foi financiada pelo programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento e teve o apoio do Ministério da Justiça, Administração Pública e Direitos Humanos de São Tomé e Príncipe, do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses, da Faculdade de Medicina de Coimbra, através do Centro de Simulação Médica, do Centro de Estudos de Pós-Graduação em Medicina Legal e do Centro de Investigação e Formação Forense em Direitos Humanos e Ação Humanitária.
Para Carlos Robalo Cordeiro, diretor da FMUC, “o Centro de Investigação e Formação Forense em Direitos Humanos e Ação Humanitária constitui uma importante plataforma internacional de consultoria, investigação e formação forense para apoio a governos, organizações intergovernamentais e ONG’s em todo o mundo. Trata-se de uma instituição que, criada no seio da FMUC, envolve especialistas internacionais de reconhecido mérito e conta com o envolvimento de outros centros forenses e académicos.”
PR/HN/RA
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