“As diárias nas unidades de média duração e reabilitação aumentam 11%, passando de 96,06 euros por utente para 106,11 euros. Por sua vez, as diárias nas unidades de longa duração e manutenção aumentam, nos Açores, 20,48%, passando de 63,78 euros para 76,84 euros”, avançou o vice-presidente do executivo açoriano (PSD/CDS-PP/PPM), Artur Lima, que tutela a Solidariedade Social.
O governante falava, em Angra do Heroísmo, à margem da assinatura da portaria que define a atualização da tabela dos preços referentes às unidades de cuidados continuados, que terá “efeitos retroativos a janeiro de 2022”.
O aumento representa um “esforço financeiro do Governo Regional, repartido entre a secretaria da Saúde e a vice-presidência, num total de 1,3 milhões de euros”.
“Com esta mudança, o valor total a atribuir anualmente às instituições que disponibilizam a resposta de cuidados continuados será de perto de sete milhões de euros”, vincou Artur Lima.
O titular da pasta da Solidariedade Social justificou o aumento do valor das diárias com a necessidade de acompanhar “os custos reais inerentes ao funcionamento destas unidades”, sobretudo num contexto “marcado pela inflação”, mas pediu que esse reforço se traduza também numa melhoria da qualidade de serviços prestados.
“Mais apoio financeiro tem de traduzir-se, inevitavelmente, em maior qualidade de serviços e maior eficiência nos cuidados prestados a idosos e doentes”, frisou, dirigindo-se aos presidente da União Regional de Misericórdias dos Açores (URMA) e da União Regional de Instituições Particulares de Solidariedade Social dos Açores (URIPSSA), presentes na cerimónia.
O vice-presidente do executivo açoriano lembrou que os preços em vigor estavam “fixados há três anos” e notou que há uma “diferença significativa em relação a atualizações realizadas por anteriores governos regionais”.
Destacou ainda uma “diferença assinalável” entre o financiamento deste serviço nos Açores e no continente português, referindo que no continente a diária de média duração é 95,84 euros e a de longa duração 75,48 euros.
“As diárias são maiores para esse tipo de cuidados nos Açores do que no continente. Perante este cenário de inflação galopante, que se presume que comece a descer, nós respondemos melhor do que o continente”, frisou.
Questionado sobre a necessidade de aumento de vagas neste serviço, Artur Lima admitiu que “há sempre lista de espera”, mas disse que já foi anunciado um reforço do número de camas para a ilha de São Miguel e sublinhou que “a rede de cuidados continuados funciona muito bem”.
“Não podemos dar resposta como gostaríamos, porque não temos disponibilidade para isso, mas temos uma gestão muito bem feita das vagas”, frisou.
O Governo Regional tem atualmente 140 camas de cuidados continuados integrados protocoladas com misericórdias e IPSS nos Açores.
O vice-presidente do executivo açoriano negou ainda que os apoios sociais tenham diminuído nos Açores, acusando o líder do PS/Açores e ex-presidente do Governo Regional, Vasco Cordeiro, de “criticar aquilo que não fez”.
“Vasco Cordeiro congelou o ‘cheque-pequenino’, entre 2016 e 2020, em 54 euros. Hoje, um idoso vai receber 97 euros. Isto é o exemplo de como nós olhámos para as pessoas e começámos a aumentar [as prestações sociais] logo que tomámos posse”, apontou.
LUSA/HN
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