A decisão foi ontem anunciada pelo diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, na videoconferência de imprensa regular da organização, em Genebra, Suíça.
Na sexta-feira, o Comité de Emergência da OMS voltou a reunir-se para avaliar a situação e recomendou manter a emergência de saúde pública internacional, declarada em 23 de julho de 2022, para a epidemia por ‘mpox’.
“O comité informou-me, no seu parecer, que a ‘mpox’ continua uma emergência de saúde mundial, e eu aceitei este parecer”, afirmou Tedros Adhanom Ghebreyesus.
A OMS considera que houve progressos, uma vez que a propagação do vírus diminuiu à escala global, mas não são suficientes para baixar a guarda.
“Mais de 30 países continuam a declarar casos de ‘mpox’, e a possível subnotificação de casos em certas regiões é preocupante, particularmente nos países onde a transmissão do vírus do animal para o homem tinha sido assinalada” anteriormente, alertou o diretor-geral da OMS.
Ghebreyesus exortou os países a “manterem a vigilância” e a “integrarem os serviços de prevenção, preparação e intervenção nos programas nacionais de combate, nomeadamente, à infeção pelo vírus VIH/sida e outras infeções sexualmente transmissíveis”.
A infeção pelo vírus ‘mpox’ (antes designado ‘monkeypox’) é endémica em certos países da África Ocidental, mas a partir de maio de 2022 esteve na origem de vários surtos na Europa (incluindo Portugal) e nos Estados Unidos.
À data de terça-feira (14 de fevereiro) tinham sido reportados à Organização Mundial da Saúde 85.860 casos e 93 mortes por ‘mpox’ em 110 países.
A doença, que se transmite entre pessoas por contacto físico próximo, manifesta-se por erupções cutâneas (que podem aparecer nos órgãos genitais ou na boca) acompanhadas por, entre outros sintomas, febre, dores de garganta ou inchaço dos gânglios linfáticos.
LUSA/HN
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