29 CNMI – Doenças Infeciosas na MI

7 de Maio 2023

"Doenças Infeciosas na MI" foi o tema de uma das mesas-redondas do 29.º CNMI, no qual Margarida França, André Silva Pinto e Estér Ferreira deram o seu contributo.

“Eu sou especialista em Doenças Infeciosas e acredito que esta discussão num congresso de Medicina Interna seja de extrema importância. Isso deve-se ao facto de que a infeção é uma das principais causas de morbidade e mortalidade entre os doentes da Medicina Interna e, portanto, é fundamental que os médicos que atuam nesta área estejam preparados para diagnosticar e tratar essas infeções adequadamente. Além disso, a interação entre as especialidades pode promover a troca de conhecimento e experiência, o que pode levar a avanços significativos no diagnóstico e tratamento das doenças infeciosas”, começou por referir André Silva Pinto.

Acerca do seu tema em específico “Início de imunossupressão: profilaxia e reativação de infeção latente”, o palestrante falou sobre as estratégias para prevenir infeções em doentes imunodeprimidos ou sob imunomodulação. Considerou ser uma questão importante, uma vez que a imunossupressão é cada vez mais comum em doentes com doenças autoimunes ou cancro (há estimativas que descrevem até 6% de imunossupressão na população geral). Apesar de ser muitas vezes necessária para tratar essas doenças, a imunossupressão aumenta significativamente o risco de infeção. As estratégias que André Silva Pinto abordou incluem a revisão da vacinação dos doentes, a deteção e tratamento de infeções latentes, a avaliação do contexto epidemiológico e a necessidade de profilaxia antimicrobiana.

“Este é um processo complexo e individualizado para cada doente, mas que é importante para os proteger”, terminou.

Sobre o 29.º CNMI, afirmou que “é uma oportunidade única para expandir as pontes de colaboração entre a Medicina Interna e outras especialidades, como a de doenças infeciosas. A Medicina Interna é uma especialidade que aborda a complexidade e a integralidade do doente, e as doenças infeciosas são um tema recorrente na prática diária de muitos internistas. A colaboração entre especialidades pode levar a uma melhor compreensão e abordagem das doenças infeciosas em doentes geridos pelo internista”.

NR/HN/29CNMI

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