Linde Saúde disponibiliza sessões sobre os desafios da abordagem do doente respiratório

Linde Saúde disponibiliza sessões sobre os desafios da abordagem do doente respiratório

De acordo com a companhia, as sessões incluiem patologias como Fibrose quística, doença neuromuscular, doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), e ainda distúrbios do sono associados à obesidade.

“A importância deste tipo de iniciativas passa pela visão integradora e centralizada nos melhores cuidados ao doente, que são a coluna vertebral da Medicina Interna. O doente é centralizado e são múltiplas as opções de análise”, explica em comuncado Andrea Mateus, co-coordenadora do Grupo de Doenças Respiratórias do Serviço de Medicina Interna do Centro Hospitalar Universitário do Porto (CHUP).

A também assistente hospitalar graduada em medicina interna do CHUP, e sócia fundadora do Núcleo de Doenças Respiratórias da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna, refere ainda que “estes webinares permitiram mostrar que a Medicina Interna consegue integrar as várias variáveis e priorizá-las individualmente, atendendo ao plano definido e consentido pelo doente. Idealmente somos, enquanto profissionais, coautores do tratamento da doença a par do perfil do doente”.

Em cada sessão foi apresentado um caso clínico tipificado, que proporcionou uma discussão saudável sobre a abordagem prática do dia-a-dia. Foram abordados aspetos como o tratamento de suporte na insuficiência respiratória, as particularidades de diferentes patologias, bem como a transversalidade dos cuidados paliativos.
Composto por oito sessões em formato digital, o ciclo de eventos Difusão resultou de uma parceria entre a Academia Linde Saúde e o grupo InCHPira, que reúne profissionais de saúde do Serviço de Medicina do CHUP.

As gravações estão disponíveis aqui.

PR/HN/VC

29 CNMI – Tarde do jovem internista: o caminho para o futuro

29 CNMI – Tarde do jovem internista: o caminho para o futuro

Este ano dão o seu contributo Rita Noversa, Alexandra Esteves, Teresa Brito e Patrício Aguiar.

“Este é um curso que me parece pertinente para os internos de Medicina Interna que desejam manter-se atualizados com os últimos avanços no campo e explorar caminhos diversos para o crescimento pessoal e profissional”, começou por dizer Alexandra Esteves, que abordou as oportunidades a que os jovens internistas podem ter acesso num hospital distrital.

“Como recém especialista, o CNMI permite uma oportunidade valiosa para estabelecer contactos com colegas e ganhar exposição a novas ideias e abordagens na área, permitindo explorar novas na Medicina Interna e continuar a crescer como profissional de saúde neste campo dinâmico e emocionante”, explicou.

Em concordância, Rita Noversa é da opinião de que nos encontramos “perante uma encruzilhada que opõe a perceção Osleriana da especialidade vs. (ou add-on?) a crescente subespecialização. Em qualquer das vertentes, a Medicina Interna diferencia-se das restantes especialidades pela distinta forma de pensar, integradora e holística. Contudo, a rápida expansão do conhecimento, das técnicas e dos tratamentos para as diversas pluripatologias com que diariamente lidamos e aprendemos, impulsiona uma constante evolução e é do nosso maior interesse acompanharmos a inovação científico-tecnológica e usá-la em proveito dos nossos doentes. Serão aqui fulcrais os jovens internistas, como simultaneamente alunos e professores, para delinear o caminho que permitirá à Medicina Interna manter a sua relevância no futuro”.

Além disso, acrescentou que “a cada vez maior exigência imposta, não só pelas crescentes expectativas e pressões externas, como também pelo aumento exponencial dos doentes mais idosos e multimórbidos, é difícil de satisfazer, mas o caminho passará, inevitavelmente, por explorar e promover esta visão da Medicina Interna como uma especialidade adaptável e centrada no paciente”. “Quem melhor para o fazer do que os que começam agora a traçar o seu caminho?”, concluiu.

Também Teresa Brito revelou que “este tema é de extrema importância para todos aqueles que se encontram na minha fase de formação, a terminar a especialidade em Medicina Interna. A nossa especialidade é desafiante, seja pela importância da melhor abordagem de várias patologias, pela necessidade de estudo e atualização permanente e também pelo tipo de atividade clínica, que engloba o internamento, o serviço de urgência e a consulta externa/ambulatório”.

“Este é um momento de discussão muito produtivo e com partilha de experiências variadas. Sendo a especialidade de Medicina Interna um pilar fundamental no funcionamento das instituições de saúde, o futuro da especialidade depende muito dos novos médicos que se estão a formar nesta área”, finalizou.

Patrício Aguiar, na sua intervenção, explicou que num momento em que a Medicina Interna atravessa diversos desafios, entre os quais a ultra-especialização da Medicina, as exigências associadas ao envelhecimento populacional, o florescimento das ferramentas de “machine learning” na execução de tarefas ou de inteligência artificial no auxílio ao diagnóstico, uma tendência a uma visão urgenciocêntrica do Sistema Nacional de Saúde, de que não se podem dissociar problemas relevantes como o esgotamento associado ao período pós-pandémico imediato e a escassez de recursos humanos, é essencial uma sessão dedicada ao jovem internista.

“É essencial a modernização e redefinição da Medicina Interna, reafirmando o seu papel central e fulcral na organização hospitalar, pelo que é necessário refletir e discutir sobre as inúmeras e complexas competências que o médico de Medicina Interna necessita de adquirir, por exemplo, no âmbito do raciocínio clínico, na gestão de doentes complexos que apresentem agudização da sua situação clínica, na Medicina de emergência e em comunicação, ética e profissionalismo. Mas não esquecendo as excelentes e diversificadas oportunidades oferecidas pela especialidade de Medicina Interna, não só na atividade assistencial pré e hospitalar, bem como na investigação clínica e como área fulcral e central na educação médica clínica”, justificou.

“Esta será uma ótima oportunidade de reencontros pessoais, mas também com a própria especialidade e as suas oportunidades, não só na atualização de importantes temáticas e competências, mas também no restabelecer de networking profissional, investigacional e pedagógico”, terminou o especialista.

PR/HN/29CNMI

29 CNMI – Doenças Infeciosas na MI

29 CNMI – Doenças Infeciosas na MI

“Eu sou especialista em Doenças Infeciosas e acredito que esta discussão num congresso de Medicina Interna seja de extrema importância. Isso deve-se ao facto de que a infeção é uma das principais causas de morbidade e mortalidade entre os doentes da Medicina Interna e, portanto, é fundamental que os médicos que atuam nesta área estejam preparados para diagnosticar e tratar essas infeções adequadamente. Além disso, a interação entre as especialidades pode promover a troca de conhecimento e experiência, o que pode levar a avanços significativos no diagnóstico e tratamento das doenças infeciosas”, começou por referir André Silva Pinto.

Acerca do seu tema em específico “Início de imunossupressão: profilaxia e reativação de infeção latente”, o palestrante falou sobre as estratégias para prevenir infeções em doentes imunodeprimidos ou sob imunomodulação. Considerou ser uma questão importante, uma vez que a imunossupressão é cada vez mais comum em doentes com doenças autoimunes ou cancro (há estimativas que descrevem até 6% de imunossupressão na população geral). Apesar de ser muitas vezes necessária para tratar essas doenças, a imunossupressão aumenta significativamente o risco de infeção. As estratégias que André Silva Pinto abordou incluem a revisão da vacinação dos doentes, a deteção e tratamento de infeções latentes, a avaliação do contexto epidemiológico e a necessidade de profilaxia antimicrobiana.

“Este é um processo complexo e individualizado para cada doente, mas que é importante para os proteger”, terminou.

Sobre o 29.º CNMI, afirmou que “é uma oportunidade única para expandir as pontes de colaboração entre a Medicina Interna e outras especialidades, como a de doenças infeciosas. A Medicina Interna é uma especialidade que aborda a complexidade e a integralidade do doente, e as doenças infeciosas são um tema recorrente na prática diária de muitos internistas. A colaboração entre especialidades pode levar a uma melhor compreensão e abordagem das doenças infeciosas em doentes geridos pelo internista”.

NR/HN/29CNMI

29 CNMI – Imunologia Clínica: a área de diferenciação na Medicina Interna

29 CNMI – Imunologia Clínica: a área de diferenciação na Medicina Interna

“As doenças autoimunes constituem uma área de diferenciação na Medicina Interna, provavelmente, pelas suas baixas incidência e prevalência, mas no seio da qual se incluem muitas patologias do Internista dado o seu verdadeiro carácter multissistémico. É assim importante tratar algumas destas entidades de difícil diagnóstico e tratamento, frequentemente, complexo”, começou por explicar Sofia Pinheiro.

A palestrante focou-se em “Patient Related Outcomes: importância na prática clínica”, onde abordou “um assunto premente e em franco desenvolvimento que, longe de ser exclusivo à patologia autoimune, é aplicável e cada vez mais, efetivamente, aplicado a todas as áreas da   prática médica já que reforça a opinião do doente relativamente à sua doença e ao seu tratamento. Ao pedirmos aos nossos doentes que nos digam como se sentem, como     sentem a doença e como sentem o tratamento, estamos a permitir que nos mostrem o caminho que querem seguir e que nem sempre é aquele que considerámos para eles”.

Sofia Pinheiro destacou, ainda, que este é um congresso muito rico pela diversidade e abrangência dos assuntos tratados. “Estou convicta que sairemos deste encontro satisfeito pelo que somos como especialidade e por tudo o que fazemos”, concluiu.

João Serôdio revelou que “o sistema imunitário é responsável pela orquestração da resposta de defesa a estímulos nocivos endógenos ou exógenos em todo o organismo. Desta forma, o sistema imune está envolvido em processos fisiopatológicos de inúmeras doenças, quer sistémicas quer especificas de órgão. Considerando a sua ubiquidade, as desregulações imunológicas manifestam-se frequentemente com envolvimento de vários órgãos. Sendo o internista o médico hospitalar mais preparado a lidar com pluripatologia e afeções multiorgânicas, considero que é da maior pertinência a presença de uma mesa-redonda de imunologia clínica no Congresso Nacional de Medicina Interna”. Sobre o seu tema em específico, “Vasculites sistémicas. Novos aspetos classificativos e terapêuticos”, o especialista explicou que as vasculites são um dos paradigmas de doenças imunomediadas sistémicas, englobando, contudo, um grupo muito heterogéneo de patologias. “Recentemente, foram atualizados os novos critérios classificativos ACR/EULAR 2022 para as vasculites sistémicas, que tentam enquadrar alguns dos avanços científicos no âmbito destas patologias”, afirmou.

João Serôdio espera que o 29.º CNMI seja dinâmico e definidor do que poderá ser o internista do futuro: “uma pedra basilar do funcionamento de qualquer instituição hospitalar”.

NR/HN/29CNMI

HDS com bonificação salarial para médicos especialistas

HDS com bonificação salarial para médicos especialistas

Em comunicado, o HDS afirma que as candidaturas decorrem no site da Administração Central do Sistema de Saúde “até 5 dias úteis, contados a partir da data do anúncio publicado em Diário da República (02 de maio)”.

“As vagas para fixação de médicos em zonas geográficas carenciadas são definidas, anualmente, por estabelecimento de saúde e especialidade médica, por despacho dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças e da saúde”, acrescenta.

PR/HN