Na sessão da iniciativa SNS de Contas Certas, Ricardo Mestre respondeu diretamente à questão: é preciso financiamento, gestão, organização e prestação de cuidados de forma muito eficiente, em simultâneo. “Certamente não teremos um SNS de futuro se não conseguirmos trabalhar no âmbito das contas certas para garantir a sua sustentabilidade.”
Quem defende o Serviço Nacional de Saúde – que em média contacta com 150 mil pessoas por dia – “defende a sua reorganização constante”, frisou Ricardo Mestre. Recordando as palavras do presidente da Câmara Municipal de Cascais, que discursou no mesmo evento, o secretário de Estado reforçou a importância de unir a política de saúde e a política de proteção social e disse que foram vários os assuntos que o aproximaram da secretária de Estado da Inclusão nos últimos meses.
Relativamente ao financiamento, Ricardo Mestre salientou o aumento da despesa autorizada – quase 15 mil milhões eu euros. “Há aqui um trajeto, que não é de agora, que é um trajeto que tem vindo a ser consolidado, de aumento do investimento (…) no Serviço Nacional de Saúde. (…) Claramente, há aqui um investimento, que continuará nos próximos anos”, acrescentou.
Na segunda dimensão, a organização, elencou as seguintes alterações: criação da direção executiva do SNS; implementação de novas ULS; descentralização da prestação de cuidados, reforçando as USF. “Nós já assumimos o compromisso de universalizar as Unidades de Saúde Familiar”, ambicionando também alargar o número de Centros de Responsabilidade Integrada. Por último, recordou que aqui se inclui, também, a descentralização de competências para as autarquias.
Já o terceiro fator passa por eficiência na gestão dos recursos e “por utilizarmos os instrumentos de gestão que temos ao nosso alcance”, para “entregar aos portugueses cuidados à altura do investimento que eles fazem no Serviço Nacional de Saúde”. “Gestão rigorosa dos recursos que temos no Serviço Nacional de Saúde, com previsibilidade e com capacidade de poder sustentar aquilo que é a sua evolução”, sintetizou.
Para terminar, é preciso simplificar processos e apostar na prevenção, na literacia e na tecnologia, entre outros fatores fundamentais para cuidar da saúde.
RA/HN
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