O aparelho “vai permitir exames com maior qualidade, com uma radiação mais baixa para os doentes e com um tempo de realização também mais pequeno”, resumiu à Lusa, à margem da sessão de apresentação, Ana Varges Gomes, presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA), que gere os hospitais de Faro e Portimão, entre outras unidades.
Trata-se do “primeiro equipamento deste tipo que existe no Serviço Nacional de Saúde (SNS) em Portugal”, destacou a responsável.
O novo equipamento de exames de TAC corresponde a um investimento de 1,5 milhões de euros, com 60% de financiamento por fundos comunitários e os restantes 40% garantidos pelo CHUA.
O tempo de instalação até estar a funcionar em pleno será de 90 a 120 dias, adiantou a presidente do conselho de administração do CHUA, crente que o equipamento, também importante para a área de investigação, poderá atrair mais recursos humanos.
“O objetivo é podermos estar a par daquilo que de melhor se faz na Europa. Permite fazer projetos de investigação, nas mais diversas áreas do conhecimento, e achamos que este tipo de investimentos também atrai mais gente, não só profissionais de saúde para a região como outros investigadores”, sublinhou Ana Varges Gomes.
O diretor do serviço de Radiologia do CHUA, Jorge Brito, sustentou que “já existem equipamentos com tecnologia espectral” no SNS, mas, com as características deste, “topo de gama desta empresa, é de facto o primeiro que existe”.
Uma das suas grandes vantagens passará por aumentar a capacidade de deteção de lesões e caracterizá-las melhor.
“Ou seja, detetamos mais facilmente uma lesão e depois conseguimos perceber melhor o que é essa lesão”, explicou o especialista.
Este novo equipamento de TAC vai também permitir fazer exames “que não eram feitos até agora no CHUA”, evitando por exemplo o chamado cateterismo (introdução de um cateter num vaso sanguíneo) na fase de diagnóstico.
“Podemos não ter de fazer cateterismo, exatamente porque será possível avaliar as artérias coronárias com este equipamento, de uma forma não invasiva”, acrescentou Jorge Brito.
O aparelho será instalado num espaço físico alternativo ao atual, e exíguo, serviço de Radiologia, que conta com 11 especialistas (oito radiologistas e três neurorradiologistas).
“Espero que seja o embrião para um novo polo do serviço de Radiologia”, afirmou o diretor de serviço, durante a sessão de apresentação do aparelho.
LUSA/HN
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