A Associação Nacional das Unidades de Saúde Familiar (USF-AN) apela a um maior reconhecimento das competências dos enfermeiros, acompanhado de maior autonomia e responsabilidade, e sublinha que quer que se implemente efetivamente a especialização na área de Enfermagem de Saúde Familiar.
Para tal, “é essencial que o Decreto-Lei das USF seja cumprido na totalidade e que todos os enfermeiros a exercer em USF tenham acesso simplificado à especialidade, com reconhecimento do tempo de serviço em contexto USF e UCSP e a implementação de um internato em serviço. É fundamental que a Ordem dos Enfermeiros seja clara também na defesa desta posição.”
“Importa também dar passos claros e simplificados para o reconhecimento das competências nesta área de especialistas de outras áreas, a exercerem há vários anos como Enfermeiros de Família, com um modelo holístico de intervenção no utente e família”, acrescenta.
A USF-AN “opõe-se à inclusão de outras especialidades na área da Enfermagem dentro das USF, na medida em que conduzirá uma total fragmentação da prestação dos cuidados de enfermagem, mas defende que os enfermeiros de outras especialidades possam exercer como Enfermeiros de Família e defende o seu reconhecimento como especialistas nesta área”.
Em nota de imprensa, a associação insta a Ordem dos Enfermeiros, o governo e a DGS “a dar passos claros”: “no reconhecimento das competências em saúde familiar dos enfermeiros que já exercem funções nas USF, desburocratizado o processo e promovendo a sua rápida implementação”; “na implementação dos processos de referenciação entre as diversas especialidades de enfermagem, através de normas e orientações, tal como acontece na área médica, possibilitando desta forma uma melhor rentabilização dos recursos e competências específicas das diversas especialidades de enfermagem, reconhecendo a existência de áreas comuns de conhecimento, até agora negadas pela Ordem dos Enfermeiros aos especialistas em saúde familiar e garantindo que os cuidados especializados desta profissão estão alocados onde efetivamente fazem mais sentido”. Na revisão do atual Decreto-Lei das USF, espera que o Ministério da Saúde abra a porta à coordenação das USF por qualquer licenciado da equipa.
PR/HN/RA
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