Numa audiência da comissão de saúde requerida pelo Partido Comunista Português, o Diretor Executivo foi questionado sobre o encerramento de blocos de parto na Região de Lisboa e Vale do Tejo.

A oposição não poupou críticas às medidas implementadas pela Direção Executiva. As opiniões dos diferentes partidos foram consensuais, tendo sido lamentado o aumento de encerramentos das maternidades no país. No verão está previsto o encerramento do 11 maternidades.

Perante apreciações dos deputados, Fernando Araújo recusou a ideia de “desinvestimento no SNS”, alegando que “há cada vez mais bebés a nascerem todos os dias no Serviço Nacional de Saúde”.

Apesar de admitir que há problemas no funcionamento dos blocos de parto, o responsável pela DE sublinhou que o plano “Nascer em Segurança” tem garantido uma maior previsibilidade e uma resposta mais “adequada” para garantir a segurança e confiança das mulheres grávidas e os profissionais de saúde.

“Nestas 23 semana, de vigência da operação ‘Nascer em Segurança no SNS’, não houve qualquer encerramento não planeado de qualquer bloco de partos do país”, frisou.

O responsável que explicou que o funcionamento em rede destas unidades é uma medida transitória que visa “impedir o encerramento definitivos de algumas maternidades do país”.

Por outro lado, destacou o investimento de 27 milhões de euros na requalificação de blocos de partos. A medida que tem como objetivo reforçar os cuidados de saúde, a segurança das grávidas e fixação dos profissionais é a “primeira a ser feita na história do SNS”. “Nunca antes tinha havido um plano de investimento em blocos de partos”.

Relativamente aos acordos com o setor privado para a realização de partos no verão, Araújo garantiu que se trata de uma “resposta complementar que só pretende ser utilizada em caso de necessidade”.

“Até agora não houve nenhum parto fora do SNS. Os blocos têm respondido de forma tranquila mesmo neste fim-de-semana de pontes e feriados”, garantiu.

Durante a audiência, o Diretor Executivo deixou vários apelos sobre a importância de contactar a linha SNS24 em caso de doença. “O SNS24 tem que ser a porta de entrada e o primeiro contacto com o Serviço Nacional de Saúde”.

HN/Vaishaly Camões