Estudo aponta para emoções positivas após consumo moderado de vinho

17 de Julho 2023

Um estudo desenvolvido pelo William James Center for Research do Ispa conclui que o consumo de vinho tem benefícios para a saúde mental. 

Os resultados da investigação, que avaliou 102 voluntários, permitiram concluir que o consumo de vinho levou a que os participantes se sentissem mais estimulados e com mais prazer, tornando as emoções mais positivas.

De acordo com o investigador Rui Miguel Costa, “sabe-se que o consumo moderado regular de vinho tinto se associa a melhor Saúde Mental, sendo que uma possível razão para tal poderá ser o particular estado de transcendência que o vinho tem o potencial de provocar, quando bebido em ambientes enriquecedores e estimulantes”

O estudo indica que o vinho aumentou o foco de atenção no momento presente, diminuindo a consciência do tempo e fazendo parecer que o tempo passava mais devagar.
“A imaginação tornou-se mais vívida e o ambiente ao redor mais fascinante, estimulante; os pensamentos tornaram-se mais originais e criativos. Verificou-se ainda uma sensação de maior proximidade emocional e integração com o ambiente. Algumas pessoas também relataram que a experiência teve aspetos espirituais e que se sentiram ligadas a um poder maior e face a algo de grandioso”, lê-se no comunicado.
Para os autores da pesquisa, os resultados obtidos tinto poderá levar a outras linhas de investigação.
“Há poucos estudos sobre os efeitos positivos do álcool na consciência. Esta lacuna é intrigante na medida em que a maior parte das pessoas bebe álcool, não só para tirar prazer do sabor, mas também para tirar prazer dos seus efeitos na consciência, mesmo quando bebe moderadamente”, adverte o investigador.

Rui Miguel Costa afirma que pode ser feito uma “paralelismo com a terapia psicadélica de que recentemente tanto se fala, pois a investigação científica mostra que a eficácia da terapia psicadélica no tratamento de problemas mentais aumenta, na medida em que aumentam certos efeitos psicoativos que se caracterizem por uma certa transcendência e que são descritos de forma semelhante aos efeitos do vinho bebido no wine bar em que se fez o estudo”.

PR/HN/VC

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