“Não consigo acompanhar o tom com que se dirigiu à Senhora Professora Ana Paula Martins, Presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Lisboa Norte. (…) Tenho toda a confiança na forma dedicada ao serviço público como ela está a dirigir um dos maiores hospitais públicos do país”, foi a resposta de Manuel Pizarro às acusações da deputada Isabel Pires.
Hoje, na Assembleia da República, a bloquista disse que a Presidente do Conselho de Administração mentiu ao parlamento quando disse que “a exoneração dos chefes de urgência de obstetrícia do Santa Maria tinha sido por razões clínicas, que tinha a ver com o declínio da produtividade”. “De 2021 para 2022, houve aumento do número de partos, aumento do número de consultas externas, aumento de urgências e, portanto, os indicadores melhoraram. (…) Estão a destruir o serviço de obstetrícia e de maternidade. Dentro de pouco tempo, com as rescisões que estão aí à porta, pode não haver equipa para quando essas obras estiverem concluídas”, acrescentou a deputada.
Ainda sobre o Hospital de Santa Maria, mas em resposta ao deputado João Dias, do PCP, o ministro da Saúde frisou que o SNS recorre ao privado, “e bem”, “de forma complementar” – “precisamente para garantir que durante o decorrer de uma obra absolutamente indispensável, aguardada há décadas, na sala de partos e no bloco de partos do Hospital de Santa Maria, tudo é tratado com a devida segurança”.
O PSD confrontou o ministro com o número de portugueses sem médico de família e em lista de espera, pediu esclarecimentos sobre a contratação de médicos estrangeiros, e Rui Cristina frisou ainda que, até maio, o governo executou “apenas 8% do investimento previsto para este ano”.
Segundo o ministro da Saúde, em relação aos médicos de família, “agora, conforme as listas de colocação dos médicos que foram recrutados forem sendo aumentadas, esperamos que o número vá melhorando progressivamente, como há de melhorar, com a transformação das USF de modelo A em modelo B e com o facto de nós termos hoje 608 unidades de saúde familiares, mais 25% do que aquelas que existiam em 2015”. “[A contratação de médicos estrangeiros] será feita nos mesmos exatos termos em que o governo do seu partido o fez em 2012”, retorquiu o ministro.
HN/RA
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